VOLTAR

Depois de bate-boca, coordenador da Funasa em SP decide pedir demissão

Folha on line - http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u561006.shtml
Autor: WANDERLEY PREITE SOBRINHO
05 de Mai de 2009

Depois de uma hora e dez minutos de reunião e um bate-boca na coletiva de imprensa, o coordenador da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em São Paulo, Raze Rezek, concordou em pedir a exoneração do cargo ao presidente da fundação, Danilo Forte, amanhã em uma nova reunião marcada para as 10h.

Rezek chegou à sede da Funasa no centro de São Paulo às 19h16. Escoltado por quatro viaturas da Polícia Federal, ele afirmou logo na entrada que não renunciaria ao posto. "O cargo não me pertence, pertence ao presidente [da Funasa]."

Ao lado do delegado da PF Flávio Trivela, ele foi direto para uma sala no térreo do prédio, onde se reuniu com os caciques das tribos Terena, Caingangue, Krenak, Tupi Guarani e Guarani Embuá.

Por volta das 20h25, Rezek deixou a sala para conceder uma entrevista coletiva. Ele começou afirmando que sua decisão só seria tomada na reunião do dia seguinte.

Ao dizer isso, um grupo de índios cercou o coordenador afirmando que o acordo não havia sido esse. Segundo os caciques, Rezek tinha garantido que reiteraria seu pedido de demissão, feito em novembro de 2008.

Depois de um bate-boca e sob os gritos de "o senhor não vai sair daqui", Rezek voltou atrás e garantiu que vai apresentar seu pedido de demissão a Forte. "Eu vou apresentar meu pedido de demissão amanhã, mas é o presidente que vai decidir", afirmou.

Depois dessa confirmação, os índios abriram espaço para que Rezek saísse do prédio, entrasse no carro da PF e partisse.

Apesar da decisão, os manifestantes vão permanecer no prédio até amanhã. Segundo o cacique Darã, se Forte não aceitar a demissão de Rezek, eles não vão deixar o prédio, que já não conta com os funcionários mantidos reféns durante todo o dia.

Pela manhã, os indígenas fizeram os funcionários da Funasa refém. Mas eles foram liberados com a chegada de Rezek para a reunião.

Os manifestantes --representantes de 5.000 índios, de 37 comunidades paulistas-- bloquearam a passagem pela rua Bento Freitas, na Vila Buarque, com dois veículos e se recusam a dialogar com a Polícia Militar, que isolou a área. A via foi liberada por volta das 15h30

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.