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Depois de 20 anos ação dos Pataxós deve ser julgada

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
15 de Ago de 2003

O indigenista Eduardo Almeida também atribui sua saída da Presidência
da Fundação Nacional do Índio à negociação de votos no
Congresso. "Fui exilado na ditadura, depois fiquei na geladeira.
Nunca pensei que seria também perseguido na era Lula". O ministro
ainda não definiu o nome do sucessor de Almeida.

O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá julgar neste semestre uma
ação de mais de 20 anos na qual se discute o direito de um grupo de 3
mil índios pataxós a uma área no sul da Bahia. A ação é considerada
uma das mais antigas em tramitação no Supremo Tribunal Federal.
Ontem, o relator da ação, ministro Nelson Jobim, recebeu
parlamentares e índios preocupados com a tensão existente na região.

Ex-ministro da Justiça no governo do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, Jobim disse que aguarda uma perícia que está sendo feita na
área para levar a ação a julgamento. Ele informou que essa perícia
deverá ficar pronta em dia 30 de agosto.

Os pataxós Gerson Souza Melo e o vereador Agnaldo relataram episódios
de violência ocorridos desde 1982, quando a ação deu entrada no STF.
Segundo os dois, neste período foram mortos 16 índios em conflitos
por terra. "A região está sitiada por pistoleiros", denunciou o
vereador.

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