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Demarcação de terra deve ser definida em amplo debate, defendem petistas

Brasil Norte-Boa Vista-RR
04 de Dez de 2002

A questão fundiária de Roraima, especialmente quanto à demarcação de reservas indígenas, foi um dos pontos principais da conversa entre Flamarion Portela e os dirigentes petistas. Após o encontro, Silvio Pereira enfatizou que nada será definido sem um amplo debate envolvendo todos os seguimentos da sociedade local. "O PT está querendo fazer um governo de união nacional, marcado pela negociação e diálogo político.

Apesar da demarcação de reservas indígenas ser uma questão de princípios para nós, os produtores rurais também fazem parte do Estado. É preciso, portanto, buscarmos uma solução benéfica aos dois lados", salientou. Analisando as divergências existentes sobre a demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol, o petista vislumbra a possibilidade de todos saírem ganhando. "Sabemos que não é algo fácil de se resolver, mas Roraima é um Estado grande geograficamente, com perspectivas de produzir grãos e manter preservada as áreas indígenas".

Decreto
Silvio Pereira afirmou categoricamente, em nome de Lula, ser contra a demarcação de reservas através de Decreto, reforçando a tese de uma mesa redonda com representantes dos seguimentos interessados na questão fundiária de Roraima: Governo do Estado, Prefeituras, Igreja, associação de produtores e entidades indígenas, entre outros.
Evitando entrar no mérito do Decreto 820/98, do Ministério da Justiça, definindo a Raposa/Serra do Sol em área continua, com cerca de 1,6 milhões de hectares, Silvio Pereira resumiu. "Por decreto não está correto. A mesa redonda servirá para identificar a vocação de Roraima e se criar um projeto comum de desenvolvimento".

Abertura
Com relação às discussões regionais em torno de propostas para o governo Lula, o petista João Batista garantiu que Roraima está tendo espaço especial, tendo Titonho Beserra como principal interlocutor. Assegurou também que levará sua preocupação com as demarcações de áreas indígenas ao presidente eleito.
"Em um recente encontro com indígenas no Amazonas, Lula assumiu um compromisso público de que, se chegasse à presidência da República, respeitaria as áreas dos índios e resolveria de uma vez por todas as demarcações. É claro que nada será feito sem ouvir os demais seguimentos sociais", declarou João Batista.

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