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Cultura indígena é destaque em abril no Sesc

Cruzeiro do sul https://www.jornalcruzeiro.com.br/
28 de Mar de 2018

Pelo segundo ano consecutivo, o Sesc Sorocaba realiza em abril uma série de espetáculos artísticos e atividades educativas protagonizados por representantes de diferentes etnias indígenas. A programação de abril também contará com espetáculo do premiado grupo Cia. Mungunzá de Teatro e o projeto Som na Área que, nas tardes de domingo, abrirá espaço para grupos dedicados a um estilo genuinamente brasileiro: o choro.

A programação especial realizada no mês em que se comemora o Dia do Índio (19 de abril) integra o projeto Povos Sagrados -- Expressões Indígenas, cujo o objetivo é discutir a questão indígena por meio de suas manifestações culturais e artísticas e sua interseção com outras culturas que, misturadas, constróem a identidade nacional.

Em parceria com o Centro de Convivência Indígena (CCI), da UFSCar Sorocaba, a programação contempla uma série de reuniões presenciais com os índios que representam as etnias Atikum-Umã, Bakairi, Guarani, Kambeba, Piratapuia, Ticuna, Tupi-Guarani, Tuyuka e Xavante.

Um dos destaques é a palestra com o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, que ocorre no dia 5 (quinta-feira), às 20h, no teatro da unidade. Etnólogo americanista e professor-titular do Departamento de Antropologia da UFRJ, Viveiros discutirá a condição dos diferentes povos generalizados como "índios" no Brasil, e lançará reflexões sobre as estratégias históricas para eliminar a existência dessas comunidades, desde doutrinas nacionalistas até políticas públicas de direito à terra.

A programação do Povos Sagrados conta ainda com a Mostra de Cinema Indígena, mediada por indígenas do CCI, com sessões gratuitas às terças-feiras, às 19h. A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos com 1 hora de antecedência na central de atendimento da unidade (rua Barão de Piratininga, 555, Jardim Faculdade).

A mostra começa no dia 3 com "A mulher xavante em sua arte", de Cristina Flória. No dia 10 será exibido "As hiper mulheres", de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takuramã Kuikuro. "Índio cidadão?", de Rodrigo Siqueira, será exibido no dia 17. "Piripkura", de Bruno Jorge, Mariana Oliva e Renata Terra encerra a mostra no dia 24.

No dia 8 (domingo), às 16h, o teatro da unidade recebe a estreia do show musical "Nhanderuvuçu -- O menino trovão", do Grupo Manuí. O ingresso custa R$ 17 inteira e crianças de até 12 anos não pagam.

Também faz parte da programação shows de música tradicional indígena e de grupos compostos por índios que se expressam por meio do reggae, metal, forró, entre outros estilos. Dentre eles, está a banda de metal Tamuya Thrash Tribe, que faz show no dia 13 (sexta), às 20h, no teatro da unidade, com entrada gratuita. A banda, que faz um som pesado e distorcido, apresentará músicas autorais do novo álbum "The Last Of The Guaranis", que traz temas como escravidão, abolicionismo, lendas indígenas, religião e luta pela liberdade.

A programação completa do projeto "Povos Sagrados: Expressões Indígenas" pode ser acessada no site www.sescsp.org.br/sorocaba.

Tributo ao choro

Em abril, o projeto Som na Área abre espaço para músicos que prestarão tributo ao choro. As apresentações ocorrem aos domingos, sempre às 17h, na área de convivência da unidade e a entrada é gratuita.

A abertura da série ocorre neste domingo (dia 1o) com o grupo Chorocabanos. O grupo Choroeletro, de Araraquara, é a atração do dia 8. O saxofonista Jorge Nascimento e o grupo Seu Lourenço no Vinho apresentam o show "Pixinguinha por nós" no dia 15.

O centenário de nascimento do compositor Jacob do Bandolim será comemorado no dia 22 pelo duo formado por Micael Chaves (violão sete cordas) e André Ribeiro (bandolim). A série dedicada ao choro termina no dia 29, com o grupo Som & Saudades.

O choro também será o gênero explorado no teatro da unidade, no dia 19, com o grupo Choro das 3. Comemorando 15 anos de carreira, o grupo de Porto Feliz sobe ao palco para apresentar música instrumental brasileira nova, composta e arranjada para uma formação inusitada, onde um naipe de metais encontra-se com bandolim, flauta, violão de 7 cordas e percussão. Os ingressos custam R$ 17 (inteira) e serão vendidos na Central de Atendimento da unidade a partir do dia 12.

Teatro e circo

Na área das artes cênicas, o destaque é a peça "Poema suspenso para uma cidade em queda", do grupo teatral Mungunzá, de São Paulo, que tem entre seus fundadores o ator sorocabano Lucas Beda. A apresentação ocorre no dia 21 de abril, às 20h.

O espetáculo é uma reflexão sobre o que fazer com o tempo que é dado a cada um durante a vida. Uma pessoa cai do topo de um prédio e não chega ao chão. Após 33 anos, esse corpo continua sem cair e as histórias de cada morador vão se amarrando de formas inusitadas. A queda, segundo o grupo, é uma metáfora da vida e chocar-se no chão seria pôr um fim a um processo.

No dia 22 (domingo), a mesma companhia encena o espetáculo infantil "Era uma vez". Na história, Barba Rala é rei de um reino ainda sem nome e deseja a todo custo entrar para a história -- e poder dar um nome ao seu reino. Mas a única forma que um reino tem de ser reconhecido, e entrar para a história, é completando 100 páginas no Grande Livro de Autos. Os ingressos para ambos os espetáculos da Cia. Mungunzá de Teatro custam R$ 17 (inteira) e serão vendidos a partir do dia 11.

Já na área circense, a atração de abril será a ilusionista Diny. O espetáculo será apresentado no dia 7 (sábado) no teatro da unidade. Contrariando os padrões do mundo da mágica, na qual a mulher é geralmente apresentada como assistente, Diny ocupa o lugar de protagonista e apresenta números próprios e grandes clássicos do ilusionismo, contando sempre com a presença da plateia para realizar truques mirabolantes. Os ingressos custam R$ 17 (inteira) começam a ser vendidos hoje, às 17h30, na central de atendimento da unidade. A programação completa de abril do Sesc pode ser conferida no site www.sescsp.org.br/sorocaba.

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