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Cuiabá recebe indígenas para comemorar aniversário de intercâmbio

24 Horas News-Cuiabá-MT
19 de Mai de 2003

Nos próximos dias 22,23 e 24 um grande evento reúne no Hotel Fazenda Mato Grosso em Cuiabá, cerca de mil pessoas entre índios, alunos e professores da rede municipal de ensino e convidados. Eles comemorarão o aniversário de dois anos do Intercâmbio Cultural Aldeia/Cidade, projeto da Secretaria Municipal de Educação que, desde o ano de 2001, já possibilitou o encontro de crianças de 40 escolas municipais com os povos de dez nações indígenas: Umutina, Bakairi, Karajá, Paresi, Xavante, Rikbaktsa, Kaiaby, Apiaká, Munduruku e Bororo, todas situadas em Mato Grosso, exceto a Karajá, que fica no Estado de Tocantins.

Durante os três dias de comemoração alunos e indígenas farão apresentações culturais, participarão de oficinas lúdicas, torneio de futebol e de arco e flecha. A festa será aberta a toda a comunidade cuiabana.

Cada intercâmbio possibilita a participação de cinco unidades escolares por nação indígena . Cada escola leva um professor e cinco alunos, ao todo, são 25 crianças por visita. Eles passam uma semana inteira na aldeia convivendo com índios. Mas antes da visita dos alunos da capital à aldeia, os indígenas são convidados a visitar a cidade de Cuiabá. As escolas recebem as crianças indígenas e representantes adultos da nação com apresentações culturais, jogos, exposições e muita festa. Os índios passam de três a quatro dias na cidade. Eles visitam locais como shoppings centers, universidades, clubes, museus, aeroporto, etc.

Segundo a coordenadora do projeto Aldeia/Cidade, professora Luzia Lurdes Severo Lins, o intercâmbio indígena permite desmistificar o desconhecido, quebrar preconceitos, criar laços de solidariedade e de respeito pelo diferente. " Uma vez ouvi uma professora perguntar se índio se alimenta de gente, acredito que esse projeto está permitindo sanar preconceitos como esse. As crianças aprendem que o diferente não é pior ou melhor, nem superior ou inferior, é apenas diferente", afirma a coordenadora. Após as festividades, a SME vai dar continuidade ao trabalho, objetivo agora é promover os intercâmbios entre as nações indígenas e as escolas que ainda não participaram do projeto

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