Midianews- Cuiabá -MT
30 de Out de 2001
Além de disponibilizar os estudos com o jacaré-do-pantanal para o desenvolvimento sustentável da economia local, a Embrapa Pantanal e o Ibama pretendem consolidar garantias reais de conservação de áreas do Pantanal.
"Na medida em que se valoriza comercialmente uma espécie, já existem razões para conservar a área onde vive este animal. O criador tem de manter o ambiente natural", cita o biólogo da Embrapa, Marcos Coutinho.
Além de grandes propriedades do Pantanal, o Projeto Jacaré pretende ser implementado em assentamentos rurais, pequenas comunidades e reservas indígenas do Pantanal. "Esta foi a forma encontrada de agregar valor à terra, mantendo conectada a tradição da população pantaneira", conclui Coutinho.
O Projeto Jacaré foi inserido desde abril deste ano no programa de ações do Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (Ran), criado pelo Ibama, e tem apoio da Universidade Federal de Minas Gerais, Ministério da Agricultura, Iagro-MS, Gil Equipamentos e Curtume Tre-Anytre.
Até o início de 2002 Mato Grosso do Sul terá estruturado o núcleo regional do Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (Ran), criado em abril deste ano pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A informação foi divulgada pelo coordenador-técnico do Ran, Marcos Coutinho. Atualmente, o núcleo regional, com sede no município pantaneiro de Corumbá, possui 3 aviões do tipo ultraleve e um barco. A tecnologia vai ajudar em diferentes atividades do Ran, como os estudos das espécies de anfíbios e répteis do Pantanal, uma das grandes carências de MS.
De acordo com o coordenador-técnico do centro, o Estado tem muito pouca informação sobre répteis e anfíbios que estão presentes no Pantanal. No último levantamento realizado pela Embrapa, descobriu-se 162 espécies de répteis e 35 espécies de anfíbios presentes na região pantaneira.
O município de Corumbá foi escolhido para ser um dos núcleos regionais do Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios pela grande importância que tem o Pantanal. Além dos estudos das espécies, o núcleo de MS pretende mostrar que o manejo sustentável de espécies nativas, como o jacaré-do-pantanal (Caiman yacare), pode promover a conservação de ambientes naturais e o desenvolvimento econômico para produtores do Pantanal.
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