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Criação da Sudam causou conflitos

Jornal do Tocantins-Palmas-TO
13 de Jul de 2003

Em 1966, estabelecendo uma política de incentivos fiscais com distribuição de terras e apoio a projetos de exploração de minérios, foi criada a Sudam, trazendo novos migrantes e grandes investidores para a região Norte. Isso provocou graves conflitos com populações camponesas e com povos indígenas. O resultado foi a concentração de migrantes em áreas dos terrenos cristalinos de ocorrência de minérios, como o ouro, diamantes, cassiterita, manganês, estanho e ferro. A proibição legal da garimpagem em terras indígenas até hoje não é respeitada, nem mesmo pelo Estado, que, ao implantar o Projeto Carajás, não se preocupou com os 12.500 índios que ficaram dentro da área.

A Lei no 5.173, de 27 de outubro de 1966, instituiu a Sudam. No Tocantins, aguçou ainda mais a disputa pela terra na região do Bico do Papagaio, envolvendo posseiros, fazendeiros tradicionais da área e de fora dela, e empresários. Criada para funcionar como uma autarquia, concebida com bastante singeleza e flexibilidade, a formatação da Sudam foi calcada no modelo vitorioso da Sudene, devidamente adaptado à Amazônia. No entanto, o modelo da superintendência nordestina não era tão perfeito assim. A Sudene não conseguiu atingir alguns de seus principais objetivos, como fixar o homem do campo.

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