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Cotidiano indígena e quilombola nos estandes do ISA

Amazonia.org
26 de Set de 2005

Cotidiano indígena e quilombola nos estandes do ISA

O conhecimento da cultura indígena e dos saberes tradicionais dos povos quilombolas, acumulados em décadas de projetos de campo pelo Instituto Socioambiental (ISA), estarão retratados em dois espaços da entidade no Mercado Floresta, entre 5 e 8 de novembro em São Paulo.  Primeiro, o estande institucional trará produtos que permitam ao público entender as áreas de atuação do ISA, como publicações, mapas, Cds, entre outros itens como camisetas de importantes campanhas socioambientais.
Nesse caso, os visitantes podem adquirir os produtos ali mesmo, já que a maioria não se encontra nas grandes livrarias e estabelecimentos comerciais.  Entre os livros, destacam-se o "Peixe e Gente no Alto Rio Tiquié", o "Almanaque Socioambiental", "Mulheres da Amazônia", do fotógrafo Pedro Martinelli, "Histórias Tuyuka de Rir e Assustar" e "Terras Indígenas e Unidades de Conservação - o desafio das sobreposições", vencedor do último Prêmio Jabuti.  Há ainda Cds como o "Caxiri na Cuia - o Forró da Maloca" e o vídeo "Araweté: Visão do Povo Tupi na AM".
O segundo estande traz a realidade local de dois projetos locais do Instituto: o programa Rio Negro e o programa Vale do Ribeira, representados, respectivamente, por membros de etnias indígenas, como os Baniwa, e habitantes de quilombos, como o de Ivaporunduva, além de sua produção artesanal.
O programa Rio Negro visa criar condições para o desenvolvimento sustentável nessa bacia do estado do Amazonas, localizada numa região trinacional entre Brasil, Colômbia e Venezuela, e onde se encontra uma das maiores diversidades socioambientais do País, com 23 povos indígenas e um mosaico de formações florestais.  A população de 40 mil pessoas está distribuída em 750 comunidades ao longo dos rios e áreas mais urbanizadas.  Algumas delas, como os índios Baniwa, trazem sua produção artística e conhecimento para a feira de novembro, cuja marca é o trançado com fibras de arumã e uma sofisticada cestaria, famosa por seus grafismos.
Já o projeto Comunidades Quilombolas, que busca a conservação ambiental com melhoria da qualidade de vida no Vale do Ribeira, estará representado pela centenária comunidade de Ivaporunduva, que tornou-se a primeira comunidade quilombola reconhecida do estado de São Paulo.  Entre as atividades que se colocam como meios alternativos para gestão dos recursos naturais com geração de renda, destacam-se a banana orgânica e seus sub-produtos, como o artesanato em palha de bananeira.

Amazônia.org, 26/09/2005

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