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Corredores ecológicos: melhor modelo de preservação das espécies

Midianews-Cuiabá-MT
29 de Nov de 2001

A expansão do projeto Corredores Ecológicos do Brasil - o mais abrangente e moderno modelo de gestão e de planejamento biorregional descentralizado - está sendo discutido, na sede do Ibama, no primeiro seminário promovido pela Coordenação de Ecossistemas do Ibama. O encontro termina nesta sexta-feira.

Dos 15 corredores ecológicos, metade está em fase de implementação pelo Ministério do Meio Ambiente e o Ibama. Eles conectam 247 unidades de conservação (119 de proteção integral e 128 de uso sustentável), garantindo a melhoria da qualidade genética dos animais silvestres e contribuindo para a preservação de espécies da flora e da fauna em risco de extinção em mais de 3 milhões de quilômetros quadrados de 24 estados das regiões norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste.

Dependendo da relevância ambiental dos ecossistemas que devem ser protegidos pelos corredores ecológicos, os técnicos do Ibama sugerem a criação de diferentes categorias de unidades de conservação para expandir as áreas protegidas que serão conectadas para melhor amparar o fluxo genético das espécies, reduzir os desmatamentos e as queimadas, e introduzir as técnicas de uso sustentável da diversidade biológica da região. Com este enfoque foram criadas cinco novas unidades de conservação este ano nas áreas de três corredores, e outras dez estão em estudos no Ibama.

Iniciado em 1993, o Projeto Corredores Ecológicos do Brasil é financiado pelos Programa de Proteção das Florestas Tropicais (PPG-7), Banco Mundial e diversas Ongs, abrangendo os principais biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Costeiro. Dos quinze em execução, oito estão sob a responsabilidade direta do Ibama, e, sete, do ministério do Meio Ambiente, através do PPG-7.

Implementados estrategicamente os corredores fortalecem e vinculam as comunidades e as instituições locais e regionais para o desenvolvimento dos projetos de forma articulada e integrada, com objetivos e metas comuns sobre a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, explicou Luiz Fernando Santos Nogueira de Sá, coordenador de Ecossistemas do Ibama.

Na busca de consenso e do apoio da população local na implementação dos corredores, o Ibama prepara previamente os moradores das áreas inseridas envolvendo-os diretamente como co-gestores e co-executores dos respectivos projetos. Estão envolvidos no projeto: ministério do Meio Ambiente, Ibama, Funai, órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, prefeituras, ongs, associações e movimentos sociais organizados responsáveis pela coordenação, planejamento, monitoramento, criação e manejo de unidades de conservação, das áreas de interstício e de proteção da diversidade biológica em terras indígenas.

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