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Coordenador da Funasa nega denúncias

Folha de Boa Vista
24 de Out de 2007

O coordenador da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Ramiro Teixeira, disse que a notícia divulgada na edição de ontem, que a atenção da saúde no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DseiY) na área de cobertura da UNB (Universidade de Brasília) esteja entrando em crise, não procede.

Segundo o coordenador, o que existe são indicadores positivos de que o trabalho executado pela conveniada vem mostrando números satisfatórios de crescimento, mesmo com as dificuldades geográficas e culturais enfrentadas pelos técnicos e agentes de saúde na prestação da saúde ao povo yanomami.

"A área yanomami é de uma peculiaridade diferenciada, devido a sua geografia e cultura do povo por ser nômade e viver em áreas de difícil acesso nas fronteiras com outros países", afirmou.

Segundo ele, na avaliação dos indicadores de mortalidade infantil, por exemplo, tomando como base os últimos cinco anos foi verificado que os coeficientes mantêm um equilíbrio constante, sendo que a maior causa da mortalidade infantil vem da própria cultura yanomami, com o infanticídio.

Quanto à cobertura vacinal, Ramiro não concorda com a informação da reportagem, onde diz que é de apenas 20%. O coordenador fez um comparativo da cobertura do 1o semestre de 2006 com o 1o semestre deste ano e foi constatado que há um acréscimo gradativo na cobertura de multidose.

O coordenador afirmou que os números mostram que houve avanços na cobertura da pólio com 83% em 2006 para 85,2% em 2007. Na terra, o crescimento foi de 40,8% em 2006 para 52,5% este ano e a Hepatite B deu um salto dos 60,2% em 2006 para 75,9% este ano, conforme Teixeira.

"A cobertura vacinal em crianças vem sendo trabalhada mensalmente em todas as áreas de abrangência do distrito, mesmo aquelas que fazem parte das áreas pactuadas no Mês de Vacinação dos Povos Indígenas e vem apresentando um desempenho satisfatório em conformidade com o PNI [Programa Nacional de Imunização]", afirmou.

Sobre a malária, o coordenador disse que, ao comparar os coeficientes das ações do primeiro semestre de 2006 e o primeiro semestre deste ano, foi verificado que há um aumento de casos positivos que foram focalizados no Amazonas, mais especificamente nos municípios de Santa Izabel do Rio Negro e Barcelos, área de abrangência da conveniada Secoya, mas que já está sob controle depois que a Funasa enviou uma equipe de técnicos ao local.

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