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Convênio favorece seringueiros com R$ 41 mil

Jornal do Commercio-Manaus-AM
Autor: Adriana Costa
15 de Set de 2004

CA SDS (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) e o CNS (Conselho Nacional de Seringueiros) assinaram ontem convênio orçado em R$ 41 mil, visando beneficiar as atividades desenvolvidas junto às populações tradicionais assistidas pelos programas do CNS no Amazonas.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Virgílio Viana, o recurso será aplicado com o objetivo de apoiar o CNS -organização não-governamental voltada aos seringueiros, castanheiros e outros tipos de comunidades extrativistas- junto às atividades desenvolvidas com as populações com potencialidade extrativista no Estado, que residem em Unidades de Conservação de Uso Sustentável Estaduais. "Para que aconteça uma revitalização econômica do extrativismo é preciso superar gargalos como a desorganização da cadeia produtiva", afirmou.

O secretário da SDS enfatizou que este convênio faz parte de um trabalho maior que consiste em alcançar a dinamização das cadeias produtivas no Amazonas.

Viana destacou que a atividade extrativista é a que possui melhor relação custo/benefício em relação a emprego. Esse convênio é mais uma ação do Programa Zona Franca Verde, realizado por meio da gestão integrada entre governo e instituições parceiras do programa. Outro benefício obtido com o convênio será a implementação de um escritório do CNS em Manaus, previsto para inauguração no dia 5 de outubro deste ano. O presidente da ONG, Joaquim Belo, explicou que o convênio beneficiará a geração de renda por meio do extrativismo em um Estado que dificulta a proximidade do conselho com a comunidade devido à extensão territorial.

Atrativo

O extrativismo passa a ser revigorado por conta de convênio, e meta é fazer com que produtividade tenha expansão.

Eficiência em produtividade será exigida para viabilização de cotas

Joaquim Belo salientou que são cinco reservas criadas entre Jutaí, Médio Juruá e Baixo Juruá trabalhando na produção da borracha, castanha, óleo, entre outros. E, segundo ele, outras 15 devem ser criadas. Essas localidades receberão liderança do conselho para capacitação e organização, com a meta de atingir melhor eficiência da cadeia produtiva. O secretário adjunto de extrativismo da SDS, Francisco Ademar Cruz, garantiu que só da extração da borracha a expectativa para a safra de 2004 é fechar o ano com valor aplicado de cerca de R$ 500 mil, representando o subsídio de uma produção de 714 toneladas, que beneficia, em média, 1.200 famílias de seringueiros e preserva cerca de 150 mil hectares de floresta.

Ademar Cruz frisou ainda que o incremento na produção teve como fatores principais o Programa de Subvenção da Borracha e a questão da comercialização direta entre seringueiros e usineiros. Cruz disse que superado o problema do gargalo da comercialização a meta é ampliar a produção da safra de 2005 para 1,2 milhão de toneladas. Ele citou entre os sete municípios com potencialidade para extrativismo da borracha Manicoré, Lábrea, Boca do Acre, e Eurinepé.

Para garantir esse resultado positivo, o desafio é ter uma indústria de beneficiamento da borracha no Amazonas. Hoje a borracha tem saído toda em matéria-prima para os Estados do Pará e Acre.

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