Viaecológica-Brasília-DF
17 de Set de 2002
O ambientalista Rubens Born, do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, acusou o governo FHC de contraditório, ao defender na Rio+10 a redução em 10% nas fontes poluentes de energia enquanto, no Brasil, o Ibama dava a licença prévia para o oleogasoduto da Petrobras na Amazônia.
O duto, que cortará mais de 500 km de selva virgem no coração do Amazonas, vem sendo combatido por organizações não governamentais em todo o país, especialmente pela Amigos da Terra, Greenpeace e WWF Brasil, bem como pela Igreja Católica através da Comissão Pastoral da Terra, devido aos fortes impactos que trará para o meio ambiente e a população ribeirinha do interior da floresta.
O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, rebateu a crítica de contradição no governo, afirmando que realmente o Ibama deu a licença mas com mais de vinte condicionantes ambientais que terão que ser cumpridas. Ele se disse pessoalmente contra a abertura da estrada paralela ao duto da Petrobrás, devido a abertura de mais um vetor dentro da selva, que inevitavelmente levará a sua maior degradação. Em debate na TVE, no início da madrugada de hoje (17), o ministro prometeu que esta questão ainda será estudada, mas não disse que vai rever o licenciamento prévio concedido exatamente enquanto a delegação brasileira negociava sua proposta energética para o mundo, na Conferência Mundial da ONU na África do Sul. Born é uma dos coordenadores do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais e coordenador-executivo da organização ambientalista de São Paulo, Vitae Civilis.
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.