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Consultor destaca o Código Florestal na mitigação de gases do efeito estufa

G1 - http://g1.globo.com/
Autor: Anderson Viegas
07 de Jun de 2016

Rodrigo Lima ministrou palestra no Seminário Anual do GTPS em MS.
Entre as ações, o Código prevê a recuperação de áreas de APP e de RL.

O novo Código Florestal brasileiro é a maior política de mitigação dos gases do efeito estufa (GEEs) e adaptação promovida pelo setor agropecuário no mundo. A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira (7), pelo diretor da consultoria Agroicone, Rodrigo Lima, durante o Seminário Anual do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), no centro de convenções arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.

Ele explica que diversas ações que estão sendo implementadas para o cumprimento das determinações do novo código vão ter um grande impacto para mitigar as emissões dos GEEs pela agropecuária. Entre essas iniciativas ele cita, por exemplo, a restauração de áreas de preservação permanente (APP) e de Reserva Legal (RL), determinadas pela legislação e que podem assegurar a mitigação de 4,5 bilhões de toneladas de CO2.

Lima também comentou que outra ação do Código, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), possibilitou identificar nas propriedades rurais brasileiras, uma área de 97 milhões de hectares, sem contar dados de Mato Grosso do Sul e do Espírito Santo, que são ocupadas por reservas legais, áreas de preservação permanente e de remanescentes de vegetação nativa.

Essa área, conforme ele, é apenas 14,16% menor, que a soma de todas as áreas das unidades de conservação do país, que chega a 113 milhões de hectares, e representa um estoque de carbono pela conservação da vegetação existente de aproximadamente 17 bilhões de toneladas de CO2.

Até 5 de maio deste ano, havia sido registrada no CAR em todo o país, 81,7% da área prevista, o que representou, conforme o consultor, 325 milhões de hectares de um total de 397,8 milhões de hectares de área cadastrável. Em Mato Grosso do Sul, a área contabilizada no sistema foi de 16,4 milhões de hectares, de um total de 30,2 milhões de hectares previstos, o que representou 54% do total.

Lima comentou que atualmente a agropecuária lidera a emissão de gases de efeito estufa no país, com um percentual que varia, conforme dados de 2010 e 2012, entre 32% e 37% do total, e que o Brasil é o sétimo maior emissor do mundo. Por isso, a redução das emissões é uma demanda de um mercado global, que vai cobrar cada vez mais, em razão do Acordo de Paris, cadeias produtivas mais sustentáveis.

"Comprovar que um produto é de baixo carbono é uma forma de diferenciá-lo no mercado interno e no externo, por isso, uma agropecuária que cumpre o Código Florestal deveria ter um diferencial nestes mercados", concluiu.

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/06/consultor-destac…

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