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Conflitos indígenas ainda são frequentes no Estado

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
29 de Mai de 2005

Índios e posseiros estão em "pé de guerra" ao menos em três pontos no Nordeste de Mato Grosso - região do Araguaia -onde o que se configura é a iminência de confrontos. E os primeiros, em todas as situações, sentem-se acuados, como alerta o coordenador geral de Patrimônio Indígena, Guilherme Carrano, ligado à Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília.

Na reserva Marawatsede, município de Campinápolis, xavantes e posseiros "dividem" a área. Os índios ficaram por nove meses acampados, às margens da BR-158, paralela à reserva que foi invadida por posseiros há oito anos, esperando ordem judicial para entrar na terra. Mas a ordem só veio depois que três crianças xavante morreram por desnutrição e problemas respiratórios e 17 foram internadas.

Próximo à Ilha do Bananal, no município de São Félix do Araguaia, na reserva Urubu Branco, dos Tapirapé, fazendeiros que já haviam sido indenizados e retirados da área retornaram para a reserva. Para isso, conseguiram liminar. Nisso, outros posseiros também entraram na área e o conflito cresceu de tamanho. Extensas plantações de soja, no entorno do Parque Nacional do Xingu, motivam a insegurança das diversas etnias que povoam a área oficialmente protegida. Uma operação emergencial desencadeada pela Funai, semana passada, tratou justamente dos desmatamentos e desrespeito aos limites desta reserva, de renome internacional. Funcionários da Fundação verificaram o problema in loco e agora farão relatório. "O problema ali, além dos plantadores de soja, são os madeireiros", acrescenta Carrano.(

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