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Condenados por morte de jovem indígena ficarão mais tempo na cadeia

Amazonas Atual - https://amazonasatual.com.br
Autor: Felipe Campinas
21 de Ago de 2023

21 de agosto de 2023
Dia a Dia

Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS - Condenados pela morte do jovem indígena Melquisedeque Santos do Vale - crime ocorrido em dezembro de 2021 -, Janderson Cabral Cidade e Lucas Lima permanecerão presos preventivamente, decidiu o juiz Anésio Rocha Pinheiro, da Comarca de Manaus, na última sexta-feira (18). Eles estão na cadeia desde março de 2022.
Ao avaliar a necessidade de manter a prisão preventiva deles, o juiz considerou que, ao serem condenados em junho deste ano, ambos não obtiveram o direito de recorrer em liberdade.

"Foram mantidas a prisões preventivas dos réus, conforme sentença (...), não sendo assegurado aos mesmos o direito de apelar em liberdade, satisfazendo assim, a determinação do CNJ quanto à revisão e justificativa de processos de presos preventivamente", diz trecho da decisão de Pinheiro.
Em junho deste ano, Janderson foi condenado a 28 anos e oito meses de prisão, e Lucas Lima, a 36 anos e nove meses, ambos em regime inicial fechado. Davi Souza da Silva, terceiro envolvido no crime, que é considerado foragido, foi condenado a 30 anos e dez meses de prisão.

A execução da sentença que os condenou à prisão foi suspensa temporariamente em julho através de um recurso apresentado por Janderson.

Entenda o caso

O crime ocorreu no dia 16 de dezembro de 2021 em um ônibus da linha 444, em Manaus. Segundo o MP-AM (Ministério Público do Amazonas), Lucas Lima, Janderson Cabral Cidade e Davi Souza da Silva entraram no ônibus vestidos de gari para roubar celulares e dinheiro de passageiros. Sem motivo, Janderson disparou na cabeça de Mélqui.

Lucas foi preso no dia 16 de março em uma rua do bairro Cachoeirinha, na zona sul de Manaus, e apontou Janderson como autor do disparo contra Mélqui. No dia seguinte, 17 de março, policiais militares localizaram e prenderam Janderson em uma casa no bairro Monte das Oliveiras, na zona norte de Manaus, após denúncia anônima.

De acordo com a promotora de Justiça Leda Mara Albuquerque, que assinou a denúncia do MP-AM, no dia do assassinato, o trio entrou no ônibus vestido de gari para roubar celulares e dinheiro de passageiros. Enquanto Lucas e Davi ameaçavam e recolhiam os pertences das vítimas, Janderson atirou na cabeça de Mélqui, que morreu instantaneamente.

A denúncia relatou que, após Janderson disparar contra Mélqui, o trio exigiu que o motorista do ônibus parasse o veículo para que eles descessem e fugissem por um matagal. Conforme a promotora de Justiça, o "comparsa que conduzia o automóvel destinado ao auxílio e fuga dos denunciados também evadiu-se".

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