O Globo, O País, p. 10
06 de Mai de 2008
Condenados no Caso Dorothy têm novo julgamento
Assassino confesso muda versão que incriminava fazendeiro
No primeiro dia do julgamento do assassino confesso da missionária Dorothy Stang, de 73 anos, o agricultor Rayfran das Neves Sales, um dos acusados, mudou mais uma vez sua versão para o crime. Para a promotoria, foi uma tentativa desesperada de livrar de culpa o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, que está sendo julgado como mandante do assassinato.
O crime ocorreu em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, Pará. Bida e Rayfran estão sendo julgados pela segunda vez. Na primeira, Bida foi condenado a 30 anos de cadeia e Rayfran, a 27. A condenação de Rayfran já tinha sido confirmada, mas a defesa recorreu novamente, alegando problemas técnicos no júri. Agora, ele senta no banco dos réus pela terceira vez.
Ao depor ontem, Rayfran disse que a arma usada para matar a religiosa não pertencia a Bida, como havia confessado no julgamento anterior. Bida voltou a negar qualquer participação no assassinato de Dorothy. 0 julgamento popular está sendo presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª. Vara de Júri de Belém, e deve durar mais dois dias.
O Globo, 06/05/2008, O País, p. 10
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