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10 de Ago de 2008
PALMAS - Cerca de 80 candidatos participaram ontem (09) do primeiro dia de provas do concurso público para professores indígenas promovido pelo governo do Estado de Tocantins. O certame, que ainda tem mais uma etapa hoje (10), acontece no Centro de Ensino Médio de Palmas e oferece 200 vagas para professores indígenas das sete etnias do Estado. As vagas são para professor normalista com formação em nível médio, na modalidade Educação Escolar Indígena da rede estadual de ensino.
Uma oportunidade para profissionais como Cláudio da Silva, da aldeia Mirassol, no município de Tocantínia. Segundo ele, que está envolvido com a educação indígena há mais de 25 anos, o concurso é uma chance de garantir estabilidade profissional. "Resolvi prestar o concurso para ter mais segurança no meu emprego. Amo a educação e quero poder fazer o que gosto com ainda mais segurança", conta o professor.
Sentimento semelhante ao da Xerente Noemi Brito, professora do Centro de Ensino Médio Warã, no município de Tocantínia. "O concurso é mais uma oportunidade de melhoria profissional. A Seduc já vem oferecendo uma série de cursos de aperfeiçoamento e de formação continuada, com isso a qualidade do ensino vem melhorando ano a ano".
No domingo, os candidatos fazem a prova oral, que consiste em verificar as habilidades de coerência e coesão no domínio do conhecimento dos aspectos lingüísticos da língua materna correlata a etnia para qual o candidato se inscreveu.
Segundo Marcos Rezende, presidente da comissão organizadora do concurso, o número de inscritos é menor do que as vagas oferecidas devido aos professores que ainda não possuem o nível médio completo, pré-requisito para participar do certame. A lista com os nomes dos aprovados está prevista para ser divulgada no final deste mês de agosto. O salário inicial do professor indígena para a carga horária de 20h semanais é de R$ 438,50.
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