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Comunidades lutam contra hidrelétrica do Tijuco Alto

Radioagência
19 de Jul de 2007

Comunidades lutam contra hidrelétrica do Tijuco Alto

O interesse econômico da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do grupo Votorantin, em aumentar a produção e a exportação de alumínio está contrariando as comunidades que vivem próximas ao Rio Ribeira do Iguape, no Vale do Ribeira (SP). Há mais de 20 anos a empresa tenta incentivar o começo das obras da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto. Quatro audiências públicas foram realizadas nos estados do Paraná e São Paulo no último mês e reafirmaram a contrariedade das lideranças comunitárias e entidades ambientais a realização da obra.

A obra que ainda depende da licença ambiental será instalada na divisa destes dois estados e segundo a empresa vai custar em torno de R$ 500 milhões. Segundo os movimentos contrários como o dos Ameaçados por Barragens (Moab), a construção vai trazer danos ambientais à região que não estão descritos no Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima). Danos como a falta de preocupação quanto à preservação dos peixes, a dimensão exata do impacto socioambiental que o empreendimento causará e as propostas de realocação das populações atingidas.

O Ribeira do Iguape é o único rio do Brasil que não possui hidrelétrica. A CBA está instalada na região desde 1988, quando recebeu a autorização para realizar a obra. De acordo com a Organização Não Governamental (ONG) Instituto Sócioambiental (ISA), a CBA está contribuindo para a "decadência econômica e a desarticulação social da região".

De Brasília, da Radioagência NP, Gisele Barbieri.

Radioagência, 19/07/2007

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