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Comunidade quilombola de Aquilah resgata a cultura negra por meio de música e oficinas culturais

O Globo oglobo.globo.com
Autor: Patricia de Paula
27 de Out de 2017

Um trabalho de resgate, preservação e perpetuação da cultura negra é desenvolvido há sete anos no Quilombo Aquilah, na Praça Seca. As atividades realizadas no local são coordenadas pela ONG Associação de Mulheres Aquilah, uma entidade sem fins lucrativos que visa a promover a autonomia da mulher. Um dos caminhos é por meio da música. Todo último sábado do mês é realizado um samba de raiz, gratuito e aberto à comunidade, que relembra os grandes compositores do gênero e ainda traz um pouco da diversidade rítmica do Brasil, com oficinas de jongo, reggae, carimbó e maracatu.

- Acreditamos que a saúde tem que ser holística. Então, na verdade, a música é mais uma maneira de chamar a atenção para esta questão. Através de tudo o que desenvolvemos, vamos agregando e somando para que as pessoas fiquem melhores. No fim das contas, somos profissionais da saúde com uma veia artística - explica Hosânia Nascimento, presidente da ONG.

A programação começa às 14h, com oficinas gratuitas de bijuteria africana, de samba de roda, maculelê, jongo e danças populares. Às 17h começa a roda de samba do Aquilah. E, às 19h, tem início o Samba da Filosofia, que se apresenta sem microfones, com sambas cantados no "gogó" e batidos na palma da mão. Funcionando numa área cedida dentro da Beneficência Portuguesa, a comunidade Aquilah realiza outros trabalhos gratuitos para a comunidade, além das atividades musicais:

- Temos atendimento com uma profissional especializada em saúde da mulher, plantio e distribuição de ervas medicinais, danças circulares para a terceira idade, biblioteca, cursos de idiomas e outras práticas para capacitar e ajudar as mulheres a vencer desafios.

Hosânia conta que o Quilombo Aquilah foi considerado patrimônio imaterial fluminense em 2014, e que sabe da responsabilidade que é esse trabalho de resistência.

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- Queremos ressaltar a importância histórica que esse espaço tem na sociedade, mostrando que aqui também estiveram escravos que deixaram sua cultura, e resistindo para que todos esses saberes se perpetuem - diz.

O Samba de Aquilah acontece neste sábado, a partir das 14h, na Rua Florianópolis 908, Praça Seca (dentro da Beneficência Portuguesa). Entrada gratuita.

https://oglobo.globo.com/rio/bairros/comunidade-quilombola-de-aquilah-r…

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