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Comissão Yanomami reivindica reconhecimento de escolas em área indígena

Brasil Norte-Boa Vista-RR
09 de Abr de 2003

Índios Yanomami, representantes da ONG Comissão Pró-Yanomami (CCPY) e membros da Urihi compareceram ontem pela manhã, na sede da Secretaria Estadual de Educação, para solicitar formalmente o reconhecimento de escolas em áreas Yanomami, no território de Roraima.
A comissão foi recebida pelo secretário de Educação, em exercício, Newton Campos. Indígenas de várias comunidades Yanomami entregaram documento ao secretário pedindo o acompanhamento do processo de reconhecimento das escolas.

Newton Campos informou que, se depender da Educação, os Yanomami terão suas escolas reconhecidas em breve. "O processo é um pouco lento, mas vamos contribuir no que for possível", salientou.
Ainda segundo o secretário, os técnicos da Educação vão analisar os documentos com muita atenção. "Também temos o interesse de reconhecer os direitos dessas comunidades", disse.

O Conselho de Educação do Estado baixou uma norma de Educação Indígena em Roraima, antes mesmo da reivindicação dos Yanomami. Agora, com a entrega oficial dos documentos, a entidade pode dar continuidade ao processo de legalização das escolas em áreas Yanomami.
Mas para que tudo ocorra dentro da legalidade, o processo está sendo acompanhado por membros do Conselho de Educação e técnicos da SECD. "Precisamos fazer, por exemplo, auditorias, acompanhamentos pedagógicos e matriz curricular", colocou Newton.

O importante aos Yanomami é que o primeiro passo foi dado, pois o Conselho já criou uma resolução à Educação Indígena no Estado. "Agora, vamos aguardar o andamento do processo de reconhecimento", informou o secretário.
A estimativa é que existam de 60 a 70 escolas Yanomami apenas em território roraimense. A população dessa etnia pode alcançar 10 mil, somados os índios do Amazonas e os de Roraima

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