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Comissão visita áreas indígenas dos Potiguaras

O Norte-João Pessoa-PB
30 de Out de 2001

A comissão paritária formada por representantes das comunidades indígenas e técnicos ambientais fará visitas a partir de hoje às áreas dos índios potiguar, que compreende os municípios de Marcação e Baía da Traição, para avaliar a possibilidade da manutenção dos viveiros de camarão. A decisão foi tomada ontem durante a reunião que ocorreu na Procuradoria Geral da República entre representantes de seis lideranças indígenas, da Funai, Ibama Nacional, técnicos do Ministério Público Federal de Brasília e antropólogo da Procuradoria Geral da República.
A intenção da visita às áreas indígenas, como informou o procurador da República e presidente da comissão, Marcelo Alves Dias de Souza, é que através de uma análise primeira possa se fazer uma constatação da situação atual da área em discussão e possa chegar a um relatório conclusivo. "Os representantes dos índios querem uma definição porque eles tentam aprovar projetos junto aos órgãos licenciadores há pelo menos dois anos e não conseguem, embora continuem trabalhando. O que vamos avaliar é a condição de cada viveiro e se há de fato implicações negativas para o meio ambiente, por ser tratar de uma área de mangue", frisou.
A acentuação das discussões em torno das atividades dos índios nos dois municípios começou há cerca de 20 dias quando a Polícia Federal acompanhou fiscais do Ibama, que foram apreender por determinação do Ministério Público Federal as máquinas que estavam em funcionamento em área de mangue, que é de reserva ambiental para a instalação de viveiros de camarões. Os índios reagiram e tomaram os fiscais como reféns por sete horas até que houve um acordo e eles foram liberados sem que houvesse nenhum novo conflito entre índios e técnicos. O Ibama, por sua vez, já havia autuado vários caciques por degradação do meio ambiente.

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