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Comissão Pró-Yanomami prepara estratégia para recuperar domínio Yanomami.com

Boletim CCPY - Comissão Pró-Yanomami, edição nº 10
Autor: Vanessa Brito
02 de Jan de 2005

O caso da apropriação do título Yanomami.com na Internet por uma empresa norte-americana sediada na Flórida, EUA, que foi noticiado no boletim no 7, teve repercussão no Brasil e no exterior. A TV Globonews veiculou reportagem sobre o assunto e gerou matéria no jornal Miami Herald e na CNN International, no final do ano passado. Mercedes Méier, diretora da empresa proprietária do título, teve de dar explicações à imprensa norte-americana.

Após as entrevistas concedidas, ela alterou o site Yanomami.com, apresentando justificativas na primeira tela, dizendo-se ambientalista preocupada com o destino da floresta amazônica. Ela também afirma no texto de abertura do site www.yanomami.com que o objetivo do registro e da venda do título por US$ 25.000 (vinte e cinco mil dólares) é produzir um filme sobre o massacre de Haximu, ocorrido em 1993, quando 16 Yanomami foram brutalmente assassinados por garimpeiros. Os US$ 25 mil iriam financiar a gravação de um pré-roteiro a ser apresentado à indústria cinematográfica em Hollywood. Ainda no texto de abertura, ela demonstra preocupação com o fato de a CCPY estar querendo introduzir os Yanomami à Internet.

Segundo Alcida Ramos, presidente da Comissão Pró-Yanomami , a estratégia que está sendo utilizada pela entidade para recuperar o título Yanomami.com é a de processar a empresa norte-americana junto ao Centro de Arbitragem da Organização Mundial de Propriedade Intelectual-OMPI, sediada em Genebra (Suíça) – órgão ligado à ONU -, como também no respectivo tribunal nos EUA. A Comissão Pró-Yanomami está otimista em relação ao resultado. Desde a criação desse organismo internacional, em dezembro/99, 1.300 casos foram analisados e em 80% deles o direito de uso da marca notória foi devolvido ao seu legítimo dono.

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