Comissão irá discutir questão fundiária de RR

Fazendo parte da programação de aniversário da implantação do Sistema da Federação da Agricultura de Roraima (Faerr) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), será realizada, na tarde de hoje, a reunião das Comissões Nacional de Assuntos Fundiários e Indígenas e de Meio Ambiente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), no auditório Antônio Ernesto Werna de Salvo.
Mais de 30 presidentes das instituições Faer e Senar de todo Brasil já estão com a presença confirmada na reunião. Entre eles, Antônio Ernesto de Salvo, presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Torres de Melo, presidente da Faer/CE, e Mário Borba, presidente da Faer/PB, e Almir Sá, presidente da Faerr.
Todos os participantes irão visitar e conhecer as áreas de produção agrícola e pecuária no Estado. Para José Torres de Melo, a questão fundiária em Roraima é muito grave, comprometendo e inviabilizando o investimento.
"Os erros da não transferência das áreas da União para o Estado de Roraima e mais os problemas fundiários indígenas são enormes, colocando em risco a própria economia do estado e sua sobrevivência. Porque não existe nenhuma garantia para o investidor. Como alguém irá investir em Roraima para enfrentar obstáculos dessa ordem?", questionou.
Segundo ele, a incerteza afugenta o investidor e leva para outras áreas no Brasil que não existe esse tipo de problema. "Ninguém vai querer enfrentar problemas de natureza jurídica. Para mim, esse é o problema mais grave que Roraima enfrenta. Agora agravado com a iminência de se decretada como terra indígena e contínua toda uma faixa de fronteira na Raposa/Serra do Sol, colocando em risco não somente Roraima como também toda nação e a soberania nacional", disse.
Torres lembrou a presença dos representantes das instituições que estão em Roraima para prestigiar e apoiar a Faerr/Senar de Roraima neste momento delicado para o Estado. "Vamos mostrar que somos um sistema unitário que temos um pensamento único e um sentido de solidariedade. Não podemos deixar que isso aconteça pacificamente porque isso prejudica o futuro de Roraima".
Para Mário Borba, a confraternização representa a integração das federações e vai fortalecer o agronegócio no Brasil. "Estarão presentes vários representantes de federações de todo país. A integração das federações irá somar mais esforços para o agronegócio. A nossa vinda a Roraima é de solidariedade, de companheirismo e apoio. Estamos sabendo das dificuldades que o Estado está enfrentando. Almir Sá está sempre tentando buscar soluções. Estamos acompanhando seu trabalho e sua defesa do agronegócio", disse.
No evento também haverá uma discussão ampliada em torno das questões ambientais, com especialistas no assunto. Almir Sá disse que o evento será uma forma de fortalecer o sistema patronal rural, produtores e pecuaristas na luta pelos direitos da classe, que enfrentam diversas barreiras para levar desenvolvimento ao estado de Roraima e ao Brasil, sendo hoje uma dos fortes componentes do crescimento das exportações brasileiras e do aumento do Produto Interno Bruto.
"Graças à força do setor rural, o Brasil é hoje o maior produtor de produtos orgânicos do mundo e tem alcançado expressivos avanços na colheita anual de grãos", lembrou Sá.