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Autor: Elaine Oliveira
27 de Fev de 2024
Procedimento adotado será semelhante ao estudo realizado em 2022
A segunda etapa dos estudos indígenas da Nova Ferroeste vai analisar a rotina e a cultura de três áreas indígenas do Paraná e uma do Mato Grosso do Sul. A Nova Ferroeste vai ligar por trilhos Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. O projeto vai fazer do Estado uma grande central logística e promover a redução de 30% no transporte de insumos e produtos, a maioria grãos e proteína animal.
Entre janeiro e fevereiro, uma equipe do Governo do Paraná e representantes da Funai de Brasília e dos escritórios regionais do Paraná e do Mato Grosso do Sul estiveram nas aldeias para definir as diretrizes das atividades junto aos caciques.
O procedimento adotado nesta etapa será semelhante ao estudo realizado em 2022 na Terra Indígena Rio das Cobras, com 10 aldeias e mais de 3 mil habitantes. De acordo com o Governo do Estado, os trilhos da Nova Ferroeste vão passar próximo ao limite dessas terras, localizadas num raio de até 5 km do traçado proposto.
Estão contidas na listagem requerida pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) a Terra Indígena (TI) Tupâ Nhe Kretã (36 moradores dos povos Guarani, Kaingang e Xetá), localizada na Serra do Mar, em Morretes; a TI Boa Vista (77 moradores Kaingangs), em Nova Laranjeiras; a TI Guasú Guavirá (1.360 moradores Guaranis), em Guaíra; e o acampamento Pakurity (povo Guarani), em Dourados (MS).
O Estudo do Componente Indígena (ECI) é parte do licenciamento ambiental, realizado junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). Outros órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já emitiram pareceres favoráveis ao empreendimento.
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