VOLTAR

Começa a prevenção a incêndios no Parque do Caparaó

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Carlos Oliveira
06 de Jul de 2009

Por causa do período de seca, o risco de ser atingido pela destruição por fogo é inerente a maioria das unidades de conservação da biodiversidade. É por isso que vale praticar, mais do que nunca, aquele velho jargão de que "prevenir é melhor que remediar." Assim sendo, os brigadistas do Parque Nacional (Parna) do Caparaó já estão com a mão na massa, para evitar que incêndios dizimem essa área de natureza preservada, exatamente na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo.

Como não houve nenhum foco de incêndio nessa temporada, a turma está fazendo os aceiros e cuidando da manutenção do gramado à beira das estradas que cortam a Unidade de Conservação (UC). Com isso, os mineiros e capixabas, além de todos os brasileiros e estrangeiros que visitam o parque podem ficar mais tranquilos. É claro que também aumenta a responsabilidade de todos os visitantes no sentido de evitar, literalmente, brincar com fogo por lá nessa época. No período de seca, qualquer faísca pode gerar implicações terríveis para a natureza.

Em 2008 aconteceu apenas um incêndio no Parna em que quatro hectares, espaço equivalente a quatro campos de futebol, foram dissipados pelo fogo. As chamas só não se espalharam, como conta o gerente de fogo do parque, Valdivino de Paula, porque a ação dos brigadistas foi muito rápida e eficiente. Neste ano, a expectativa dele é a de que não haja nenhum foco e nem um milímetro da unidade seja destruído.

Para tornar esse objetivo realidade, a brigada está atuando até nos finais de semana, de forma que todos os aceiros e outras medidas de precaução sejam tomadas. Contudo, a ação deles não se restringe apenas às técnicas de combate prático do fogo. Segundo De Paula, também há um grande trabalho de conscientização das pessoas do entorno do Parna do Caparaó e de todos os que utilizam o local para alguma atividade. "Também estamos promovendo trabalhos educativos nas escolas, com os motoristas que utilizam as estradas nas proximidades do parque e em vários outros lugares. Até hoje, por exemplo, nunca tivemos um caso de turista que pôs fogo no parque", revela.

Esse resultado é fruto de preparação intensa, pois, antes de executarem o trabalho, os brigadistas passam por treinamento especial. Eles precisam ter aptidão física e técnica para atividade, conforme destaca Valdivino de Paula. Essa dinâmica acaba não sendo muito difícil para eles, afinal são amantes da natureza, pessoas que conhecem o local como a palma da mão. "São todos experientes, trabalhadores de outras temporadas e acostumados ao exercício das tarefas agrícolas do dia-a-dia", explica.

Até novembro a brigada estará pronta para o combate aos possíveis incêndios no parque durante a seca. Eles já estão fazendo de tudo para que seja conservado esse santuário das riquíssimas fauna e flora da unidade, que tem duas portas de entrada: uma em Minas Gerais e outra no Espírito Santo. Setenta por cento do espaço estão em terras capixabas e o restante em mineiras. Porém, segundo Heber Eller, um dos colaboradores do Parna, a maioria das áreas de visitação estão no estado de Juscelino Kubitschek.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.