Dourados Agora-Dourados-MS
20 de Ago de 2004
As famílias dos 38 colonos que ocupam terras na região de
Panambizinho prometem retaliar a invasão que os índios guarani-caiuás
ameaçam realizara, depois do dia 26 de agosto, no restante da área
que pertence à comunidade indígena. As informações são do procurador
da República Charles Estevan da Mota Pessoa e do antropólogo Marcos
Homero, ambos do MPF (Ministério Público Federal), que estiveram
ontem no local para tentar convencer os índios guarani-caiuás a não
invadirem as terras.
O procurador da República pediu calma aos índios e negocia também com
os colonos para que não ocorra incidentes no local. O impasse no
Panambi completa 10 anos em 2005 e a terra (mais de mil hectares) já
foi reconhecida e demarcada como território indígena. Há duas semanas
o Incra anunciou que havia comprado uma fazenda em Juti, a Terra do
Boi, para assentar as 38 famílias de colonos, mas o processo de
transferência ainda não começou.
Os índios guaranis-caiuá fizeram também uma passeata no em torno da
área reivindicada no distrito do Panambizinho. "É uma movimentação
para mostrar a insatisfação, a impaciência da comunidade com a demora
na transferência dos colonos para a fazenda Terra do Boi, adquirida
pelo governo federal para assentamento das famílias", disse por
telefone o antropólogo que acompanha de perto a movimentação no
Panambizinho. As informações são do site Dourados Agora.
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