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Coletiva fala sobre a violência contra os povos indígenas

Blog Elaine Potiguara
22 de Jan de 2007

Conflito de terra que resultou no assassinato da indígena Churetê Lopes, de 73 anos, mobiliza
entidades da sociedade civil do Mato Grosso do Sul e traz Ministro Especial dos Direitos Humanos, Paulo
Vannuchi, ao Estado.

Como forma de manifestar preocupação em relação à violência contra o povo indígena Guarani
Kaiowá de Mato Grosso do Sul e cobrar providências dos governos estadual e federal, a CMS
(Coordenação dos Movimentos Sócias) convida toda a imprensa sul-mato-grossense para
participar de uma entrevista coletiva, que será realizada nesta sexta-feira (19), às 14 horas,
na sede do CDDH (Centro de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos) Marçal de Souza
Tupã-i, localizado à rua Barão do Rio Branco, 2270.
A entrevista pretende alertar para o clima de tensão e conflito entre indígenas e fazendeiros
que vivem na região próxima aos municípios de Amambaí e Coronel Sapucaia. A situação se
agravou após o assassinato da indígena Churetê Lopes, 73 anos, na madrugada do dia 9 de
janeiro, por homens armados contratados por fazendeiros para retirar à força um grupo de
Guarani Kaiowá, que havia retomado o seu Tekoha (terra tradicional), hoje ocupado pela
fazenda Madama, no município de Coronel Sapucaia. A ação violenta do grupo armado
também resultou no ferimento do indígena Valdecir Ximenes, atingido por três tiros.
Os conflitos de terra são noticiados diariamente na imprensa estadual, porém, mais uma vez, a
maioria dos meios de comunicação ouviu apenas a versão oficial dos fatos. Os indígenas não
tiveram a oportunidade de mostrar a sua versão dos fatos.
A entrevista será uma oportunidade de mostrar o outro lado da história, contado por indígenas
que foram vítimas de mais essa ação violenta cometida por jagunços, pistoleiros e seguranças
privados contratados por fazendeiros, que querem resolver à força as disputas pela terra.
A coletiva também servirá para mostrar que os indígenas não estão sozinhos nessa luta.
Contam com o apoio de entidades como o CDDH, Cimi ,CUT, Fetems, e do ministro especial
dos direitos humanos Paulo Vannuchi, que virá ao Estado no sábado, dia 20, visitar a área de
conflito.

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