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Coiab recebe Prêmio Luta pela Terra do MST

Coiab-Manaus-AM
23 de Jul de 2004

A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) recebe no próximo dia 26 de julho de 2004, na sede do Clube de Engenharia, Avenida Rio Branco, 124, 25o andar, na cidade do Rio de Janeiro, o Prêmio Luta pela Terra - Categoria Movimento Indígena, concedido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), como reconhecimento "ao conjunto do trabalho desenvolvido em prol dos trabalhadores rurais e povos indígenas, da organização desses segmentos, da luta pela Reforma Agrária e das mudanças necessárias para fazer do Brasil um país melhor, onde os direitos dos trabalhadores e povos indígenas sejam garantidos."
O Prêmio Luta pela Terra é concedido pelo MST desde 1995 a pessoas e instituições externas ao movimento. O deste ano têm a característica especial de ser o prêmio dos 20 anos da organização camponesa. Para a modalidade em que a Coiab é premiada, os militantes dos diferentes Estados em que o Movimento está organizado fizeram indicações que foram submetidas a um júri interno, composto por 15 pessoas.
O Prêmio será entregue ao coordenador geral da Coiab, Jecinaldo Barbosa Cabral, às 18:00 hs, do dia 26 de julho, em solenidade que faz parte da programação das comemorações dos 20 anos do MST.

Significado do Prêmio para a Coiab
O Prêmio, para a Secretária Geral da Coiab, Maria Miquelina Machado Tukano, é um reconhecimento ao trabalho da Coiab em defesa dos direitos indígenas, particularmente pela garantia da terra paras os povos indígenas. "Esse reconhecimento, disse Miquelina, tem um grande valor simbólico e nos estimula a continuar lutando, a não recuar, como tem feito o próprio MST, que só organizado aumentou sua capacidade de pressão, além do diálogo e da negociação junto ao governo, para obter algumas conquistas. Nada mais agradável do que um movimento social reconheça o trabalho de outro. Entendemos o prêmio como um apoio explícito do MST à nossa luta, da mesma forma que nós apoiamos a luta deles, por uma causa justa, a Reforma Agrária e por melhores condições de vida."
O Prêmio, que coincide com os 15 anos de existência da Coiab, é, para o Coordenador Geral da Coiab, Jecinaldo Barbosa Cabral, uma valorização do papel desempenhado na defesa dos direitos dos povos indígenas, especialmente da Amazônia, e ao mesmo tempo um estímulo ao fortalecimento da parceria do movimento indígena com outros movimentos sociais, particularmente com o Movimento dos Sem Terra. Para Jecinaldo, o Prêmio é ainda "um chamado à necessidade dos movimentos sociais estarem cada vez mais unidos, respeitando especificidades, na busca do Brasil dos nossos sonhos, de um país onde impere a justiça e o respeito aos direitos de todos, sem o privilégio de uns poucos à custa da miséria da maioria, sem o autoritarismo dos que estão no poder e sem as desigualdades do sistema capitalista." O coordenador da Coiab espera também que o prêmio contribua a dar mais visibilidade às lutas do movimento indígena, dentro e fora do país, para que o Presidente Lula, "que frustrou as nossas expectativas, lembre de suas responsabilidades e cumpra os compromissos que ele assumiu com os povos e organizações indígenas, durante mais de 20 de militância", conclui Jecinaldo.

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