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Clima é tenso em área fronteiriça da Amazônia

Jornal Meio Ambiente - www.jornalmeioambiente.com.br
18 de Mar de 2010

É de insegurança o clima nos vilarejos Ilha Bela e Vila Brasil, no município de Oiapoque (AP), na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. O alerta é do deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP). De acordo com ele, policiais do país vizinho estão revistando moradores brasileiros que navegam pelo Rio Oiapoque. Os brasileiros são suspeitos de contrabando de minérios. A região é rica em minérios e possui extensas reservas ambientais e indígenas.

A gravidade do problema levou Bala Rocha a pede socorro às autoridades federais. O deputado se reuniu nesta terça-feira, 16, com o embaixador Oton Maia, do Ministério das Relações Exteriores. Maia é subsecretário das Comunidades Brasileiras no Exterior. O encontro também contou a deputada Dalva Figueiredo (PT-AP) e o deputado estadual Paulo José.

Para Bala Rocha, a situação na fronteira tende a agravar-se caso o governo brasileiro não adote medidas enérgicas. Na opinião do deputado, a repressão por si só não resolverá o problema. "Acredito nas soluções diplomáticas e econômicas para contornar a situação", disse Bala Rocha, ao defender uma atuação mais efetiva do Itamaraty na região. Para o deputado, a solução nesse sentido seria a instalações de escritórios do Ministério das Relações Exteriores nas cidades de Macapá e Oiapoque.

Segundo o deputado, o embaixador Oton Maia ficou preocupado com o conflito ocorrido na região do Oiapoque. Ele disse no encontro que espera das autoridades francesas um tratamento digno aos brasileiros que vivem naquela região. O embaixador anunciou no encontro a criação de um grupo interministerial para tratar do assunto. A idéia é discutir alternativas econômicas e sociais para a população.

Neste grupo, o deputado Bala Rocha propôs que três aspectos sejam discutidos. O primeiro versa sobre os direitos humanos, pois uma das queixas dos populares é a de que o próprio exército age com demasiado rigor contra os brasileiros.

O segundo é sobre a esfera diplomática, pois o parlamentar acredita que o acordo assinado entre Brasil e França, que autoriza o confisco e a destruição de bens apreendidos, é uma das razões dos embates.
Por fim, o viés econômico. Com as perdas do comércio do ouro, o parlamentar acredita que Oiapoque precisa de uma nova lógica de desenvolvimento, como a construção da linha de transmissão de energia entre Calçoene e Oiapoque, além de transformar a região em uma cidade universitária.

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