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05 de Mar de 2010
BOA VISTA - O conselho Indígena de Roraima (CIR) dá início neste sábado (6), à 39ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas, na Comunidade Araçá, no Município de Amajari. As discussões de interesse das comunidades prosseguem até a próxima terça-feira (9) com a participação de mil indígenas de todas as etno-regiões de Roraima.
Anualmente, as lideranças indígenas do Estado realizam uma assembléia geral, que é o espaço democrático destinado ao debate e planejamento a temas fundamentais aos povos indígenas como: saúde, educação, desenvolvimento social e econômico, gestão territorial, meio ambiente, valorização cultural, demarcações e homologação de terras indígenas.
- Esses temas são debatidos entre as lideranças indígenas, instituições de apoio e autoridades brasileiras. O fortalecimento do Movimento Indígena em Roraima e as organizações indígenas surgiram a partir destas assembleias -, relata o coordenador-geral do CIR, Dionito José de Souza.
Presentes ao evento estarão representantes das etnias Macuxi, Wapichana, Ingaricó, Patamona, Sapará, Taurepang, Wai-Wai, Yanomami e Yekuana.
No domingo (7) serão debatidos outros temas: regularização de terras, além de vigilância, fiscalização e proteção das áreas indígenas. Para debater o assunto foram convidados representantes da Funai-RRl e de Brasília, Incra, Ministério Público Federal, Casa Civil da Presidência da República e Advocacia-Geral da União (AGU).
No período da tarde serão discutidos sobre meio ambiente, Parque Nacional do Monte Roraima,localizado dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Parque Nacional do Lavrado, além de prevenção de doenças causadas por morcegos. Também haverá discussão sobre criação de hidrelétricas em terras indígenas.
Também serão discutidos a saúde indígena, como o convênio da Funasa com a Missão Caiowá, bem como incentivos aos municípios e a criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena.
O último dia (9) será destinado ao debate sobre o grande projeto de Gestão Territorial, Ambiental Etnodesenvolvimento e Fundo Amazônia.
Os índios vão dizer o que querem para se desenvolver economicamente e melhorar a saúde alimentar, por meio de projetos auto-sustentáveis e que não agrida o meio ambiente.
Técnicos e representantes do governo Federal vão estar presentes para ouvir as lideranças.
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