VOLTAR

Cimi diz que Ibama declarou guerra contra índios

JORNAL DO TOCANTINS
27 de Abr de 2007

Araguaína - O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), através do coordenador José Barcellos, lamentou a confirmação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de que irá recorrer da decisão da Justiça Federal que suspendeu liminarmente os trabalhos da UHE de Estreito. O Cimi pediu que o órgão, responsável pela preservação do meio ambiente, cumpra o seu papel. "O bicho maior, o leão, contra a gente parece que é o Ibama. O
órgão (Ibama) declarou guerra contra os indígenas. Isso vai trazer conseqüências. Foi uma colocação muito infeliz", disse Barcellos.

De acordo com o diretor de Licenciamento do Ibama em Brasília, Luiz Felippe Kunz Júnior, o órgão irá recorrer da decisão, assim que for notificado, porque além de se tratar de uma obrigação, por causa do serviço público, por entender que os relatórios constataram que nenhuma área indígena será alagada."Não há declaração de guerra. Nossa
licença está correta, é valida, com a aval da nossa equipe técnica. Não vejo motivo para isso tudo", declarou KunzJúnior, acrescentando que entende que os povos indígenas não querem que a UHE seja construída. "Mas eles (índios) não tem poder de veto. Eles (índios) não podem responder por uma sociedade inteira", acrescentou.Ainda segundo Kunz Júnior, todos os impactos ambientais com a construção do empreendimento serão monitorados pelo Ibama.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.