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Cientistas condenam colza e beterraba transgênicas

GM, Agribusiness, p. B10
14 de Jan de 2004

Cientistas condenam colza e beterraba transgênicas

Cientistas da Grã-Bretanha anunciaram que alguns cultivares geneticamente modificados ameaçam o meio ambiente e insistiram para que os governos da Europa realizem pesquisas mais profundas antes de decidir se aprovarão o consumo irrestrito na União Européia (UE).

De acordo com testes conduzidos pela Comissão Consultiva para Ações no Meio Ambiente (Acre na sigla em inglês), o cultivo de beterraba e colza transgênicas pode prejudicar plantas e animais.

Nos testes estudados, o milho não prejudicaria a vida selvagem, segundo a comissão. Os estudos, patrocinados pelo governo, foram conduzidos durante três anos.

De acordo com Margaret Beckett, secretária do meio ambiente, a Grã-Bretanha considerará "com grande atenção" o conselho da Acre antes de decidir se os cultivares transgênicos devem ser aprovados para cultivo na UE. "O governo não é nem a favor nem contra os transgênicos; sua principal preocupação é proteger a saúde humana e o meio ambiente, e garantir uma verdadeira escolha ao consumidor", afirmou.

A indústria de biotecnologia tenta convencer a União Européia a abolir a moratória imposta há cinco anos aos transgênicos. Bayer, Monsanto e Syngenta, as três principais empresas que atuam nesse segmento, pediram à Organização Mundial de Comércio (OMC) que a proibição da UE seja proscrita.

Os testes conduzidos pela Acre foram os mais amplos do mundo sobre cultivares geneticamente modificados. Os resultados, divulgados em 16 de outubro, mostraram que os transgênicos podem alterar o equilíbrio da vida selvagem nos campos cultivados e que os agricultores deveriam ter condições de limitar os efeitos pela rotação de culturas.

"Entretanto, no caso do milho, os resultados mostram que o gerenciamento do milho transgênico foi melhor que o do convencional", diz Sue Hartley, integrante do painel.

(Bloomberg News)

GM, 14/01/2004, Agribusiness, p. B10

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