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Chineses visitam sede do ICMBio e conhecem sistema de unidades de conservação no Brasil

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Sandra Tavares
02 de Dez de 2009

Uma missão oficial do governo chinês, formada por 19 pessoas, visitou na sexta-feira (28) a sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília. Eles queriam informações sobre como funciona o sistema de Unidades de Conservação no Brasil.

A presidente substituta do Instituto Chico Mendes, Silvana Canuto, recebeu o grupo."É interesse do Brasil e também do Instituto Chico Mendes firmar cooperações internacionais que visem a proteger ainda mais o patrimônio ambiental do país e do planeta", disse ela.

Segundo Silvana, há várias áreas de interesse de cooperações e trocas de experiências entre os dois países, tais como pesquisa ambiental e conservação da biodiversidade. "O tema meio ambiente é de interesse internacional e por que não formarmos uma grande rede de cooperação que garanta a melhoria das políticas públicas de meio ambiente no mundo?", propôs ela.

A apresentação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) ficou a cargo do Coordenador Geral de Proteção do ICMBio, Paulo Carneiro. "A Lei 9985/2000 (que criou o Snuc) com certeza foi um marco, pois permitiu uma série de avanços na proteção dos recursos naturais e belezas cênicas brasileiras, inclusive garantindo a participação social no processo por meio de conselhos", explicou Carneiro.

O coordenador detalhou os grupos (2) e categorias (12) de unidades de conservação existentes no Brasil e suas peculiaridades. "O Snuc é complexo e a diferença entre uma categoria de UC e outra muitas vezes não é simples, mas juntas as 304 UCs representam muito em biodiversidade protegida", explicou Paulo, ao informar que, juntas, as 304 unidades de conservação no País guardam 28% das florestas tropicais do planeta, 10% dos mamíferos, 22% da flora e 17% de aves, além de abrigarem a maior bacia hidrográfica do mundo.

Após a apresentação, as autoridades chinesas puderam tirar dúvidas. Eles perguntaram sobre como são criadas as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Carneiro esclareceu que o Brasil possui 532 RPPNs que, juntas, representam 486.423,67 hectares protegidos pelos próprios proprietários. "Temos RPPNs de 2 a 150 mil hectares em dimensão", frisou o coordenador.

Outro ponto destacado por Carneiro foi o papel de proteção desenvolvido pelo ICMBio. "Focamos no combate à perda dos habitats naturais brasileiros, provocada por desmatamentos e incêndios florestais, além de outros ilícitos. Para isso dispomos de 830 fiscais, sendo 390 com porte de arma e 746 lotados nas unidades de conservação", frisou o coordenador.

Em 2009 o ICMBio contratou 1.407 brigadistas anti-incêndio para atuar em 86 unidades de conservação, sendo 16 na Amazônia. "Estamos com uma rede de monitoramento aéreo, com 30 bases para aviões que podem ser acionados nas operações, dando apoio às UCs", frisou ele.

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