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Chefe da Funai relata conflito ao Ministério da Justiça

Campo Grande News-Campo Grande-MS
Autor: Waldemar Gonçalves Jr.
27 de Ago de 2003

O administrador-regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Mato Grosso do Sul, Márcio Justino, está desde cedo reunido com assessores de gabinete do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em Brasília (DF). O objetivo da reunião é fazer um relatório sobre a situação dos indígenas na região da Reserva Buriti, entre Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.
Segundo Marcos Terena, irmão de Justino e articulador dos Direitos Indígenas junto a ONU (Organização das Nações Unidas) no Brasil, o coordenador deve relatar que a situação é de conflito iminente na área.
Justino, que já foi avisado sobre a intenção do governo estadual de retira-lo do cargo, comenta que são os líderes indígenas quem estão tomando iniciativa de ocupar as áreas, alegando demora no processo de demarcação de territórios indígenas. A intenção do chefe da Funai local é rebater acusações contra a administração dele, que estaria incentivando as ações dos terena na região do Buriti.
Na opinião de Justino, pouca diferença fará se ele for retirado do cargo. A solução para os impasses deve sair somente após a agilização no que ele chama de devolução das terras aos grupos indígenas.
No caso da reserva Buriti, um estudo antropológico comprova a existência de terras de índios onde hoje estão diversas fazendas. Mas os processos param na Justiça ou na falta de recursos da Funai em indenizar produtores hoje instalados na região.

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