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20 de Dez de 2011
A partir do ano que vem, a visitação no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, será feita por meio de cobrança de ingresso e guiada por monitores contratados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), como já ocorre no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. Além disso, o visitante poderá curtir novidades, como as trilhas suspensas.
As informações são do chefe do parque, Cecílio Vilaparte Pinheiro. Segundo ele, no momento, a visitação é feita somente com o acompanhamento de guias autônomos cadastrados pelo ICMBio, exceção para atividades escolares e de pesquisa científica. A medida foi adotada para reabrir a unidade, fechada depois que a prefeitura local encerrou um convênio que garantia o pagamento dos condutores.
A direção do parque soube, no entanto, que muita gente tem se queixado dos atuais preços cobrados pelos guias autônomos, que chega a R$ 100 por grupo de duas a quatro pessoas. O acordo feito com a Associação dos Guias de Mato Grosso era para que fosse cobrado um valor de R$ 60 para um grupo de até 12 pessoas.
PRESSA - Como o acordo está sendo descumprido, a direção do parque vai apressar as novas regras de visitação. "A partir de 2012 vamos dar acesso ao complexo de cachoeiras por autoguiagem. Já foi liberada autorização para contratação de monitores que irão acompanhar o visitantes", disse Cecílio.
O Parque Nacional de Chapada dos Guimarães recebe cerca de 4 mil pessoas por ano, sendo que no complexo de cachoeiras são, em média, 144 pessoas por dia. Possui vários atrativos, como o Véu de Noiva, Rio Claro (Crista do Galo), São Gerônimo, Cidade de Pedra e Paredão do Eco - estes dois últimos fechadas por falta de um estudo geológico que identifique os problemas de erosão, queda de blocos e escorregamentos das rochas areníticas de 50 milhões de anos.
Atualmente, há limites para o número de visitantes, de acordo a capacidade de carga definida para cada atrativo. Na Cachoeira do Degrau é permitida a presença de 12 pessoas de cada vez; enquanto na do Pulo e na das Andorinhas, 36 pessoas. Já na Casa de Pedra somente 12 pessoas por vez podem visitar o local.
DESAPROPRIAÇÃO - Passados quase 22 anos da criação do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o processo de desapropriação e retirada de pessoas segue até hoje. A novidade é que finalmente o governo ganhou em segunda instância na Justiça Federal ação contra o proprietário do restaurante Cachoeirinha, que está dentro do parque. "Não tem mais como recorrer. Agora vamos aguardar a saída do local", disse o diretor do parque, Cecílio Pinheiro.
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