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13 de Set de 2022
Dados do MapBiomas mostram que, em 1985, o Cerrado tinha 67% de toda a área coberta por vegetação nativa. Avanço da agropecuária é um dos principais motivos da perda de vegetação.
O Cerrado brasileiro perdeu mais de 20% da vegetação nativa que tinha na década de 1980, e o avanço da agropecuária é um dos principais motivos. Dados do MapBiomas mostram que, em 1985, o Cerrado tinha 67% de toda a área coberta por vegetação nativa, que poderia ser de floresta e de formação campestre, por exemplo.
No ano passado, ou seja, 36 anos depois, o levantamento identificou que a mesma cobertura vegetal estava presente em pouco mais da metade do cerrado (53,1%). Nesse mesmo intervalo de tempo, a área ocupada pela agropecuária deu um salto: teve um crescimento de 45%.
O plantio de soja foi o que mais cresceu no Cerrado. Em 1985, ocupava 0,7% do bioma, e agora já está ocupando 9,9% da área. Um crescimento de 1.443%.
Coordenadora do MapBiomas, Julia Shimbo diz que o desmatamento do Cerrado, além de reduzir a retenção de água no solo, tem feito a temperatura subir e, principalmente, está provocando um aumento da incidência de queimadas no bioma.
"Os incêndios no Cerrado, tem uma parte que é natural, mas a gente tem observado que, recentemente, essas áreas queimadas estão sendo mais frequentes. E numa época do ano que não é natural, então tem uma origem antrópica, também, nesse cenário de aumento de temperatura, e mais quente favorece também a expansão dessas áreas queimadas, né?", diz Julia.
Satélites com tecnologia mais moderna têm sido uma das ferramentas para descobrir áreas desmatadas com uma menor extensão e, com isso, ajudar a controlar a perda de vegetação que deveria ser protegida.
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