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Centro de Artesanato indígena será inaugurado este mês

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
Autor: ALEXSANDRA SAMPAIO
01 de Ago de 2005

A Secretaria Estadual do Índio vai marcar para o final do mês de agosto a inauguração do Centro de Tradição e Comercialização de Artesanato Indígena de Roraima. A obra do Centro foi concluída no mês passado depois de quatro anos que o projeto foi elaborado.
Conforme o secretário adjunto do Índio, Wilson Jordão, em 2001 a Setrabes (Secretaria de Trabalho e Bem Estar Social) conseguiu recursos junto à Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) para que fosse construído o Centro, mas não teve condições de concluí-la porque não havia em seu orçamento recursos para a contrapartida.
Ele não soube informar quais os problemas que impediram a conclusão da obra, limitando-se a informar que quando o governador Ottomar Pinto assumiu o governo em novembro do ano passado, o projeto já havia sido transferido para a Secretaria do Índio, que é quem teria condições de contribuir com a contrapartida.
"Desde então estávamos pleiteando um suplemento que só conseguimos em abril deste ano e só agora em julho chegamos à conclusão do Centro", explicou o secretário Adriano Nascimento. O valor total da obra ficou em cerca de R$ 925,5 mil, depois de um crédito suplementar da ordem de R$ 88 mil, conforme convênio no 187/2001 - GER/SEI/SUFRAMA, para a execução da obra.
A finalidade do Centro é atender a mais de 6 mil indígenas do Estado. Conforme Jordão, inicialmente o desenvolvimento do projeto será realizado por meio de uma parceria entre o Governo do Estado, a Funai (Fundação Nacional do Índio), o Museu Integrado de Roraima, as prefeituras municipais, as associações indígenas, o Sebrae, o Departamento de Turismo e o Programa de Artesanato indígena (PAR).
A idéia é que essas instituições dêem apoio aos indígenas nos primeiros anos de funcionamento do Centro, mas que no futuro eles passem a administrá-lo por conta própria.
"A finalidade maior do Centro é acabar com o intermediário que vai até às comunidades indígenas compram o artesanato por um preço irrisório e depois ganha a mais nessas peças. Queremos que os próprios índios negociem diretamente com o turista", disse Jordão.
O Centro possui 22 estandes, é equipado com filmadoras e câmeras fotográficas, móveis para a área administrativa, central de ar condicionado, telefone e estacionamento próprio. O Centro ganhará o nome de Kogó Damiana, uma indígena da Raposa/Serra do Sol, que viveu por mais de 100 anos.
Os produtos que vão estar expostos no Centro de Tradição do Artesanato Indígena vão da panela de barro, dos produtos de cestaria, peneiras, flexas, jamaxim, tipóia, pulseiras, colares e brincos

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