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Censo em Mato Grosso do Sul

Glob Rural - http://globoruraltv.globo.com
04 de Ago de 2010

Cento e noventa mil recenseadores do IBGE estão percorrendo os mais de 5,5 mil municípios brasileiros para colher informações para o Censo. Além de contar a população, os dados vão mostrar como vivem os brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, indígenas foram treinados para trabalhar nas aldeias.

Quando o índio terena Adão Gabriel foi morar na aldeia Jaguapiruna, no início da década de 80, tudo era bem diferente. Ele contou que poucos índios viviam na reserva. O terena nunca recebeu em casa um recenseador do IBGE. Agora, já faz as contas para responder as perguntas do censo 2010. Em 28 anos, a família cresceu.

Para conhecer o que mudou nesse ano será feito um novo levantamento sobre a população brasileira. Pela primeira vez, foram abertas vagas especificas para aqueles que gostariam de fazer a contagem na reserva indígena. Os índios inscritos tiveram prioridade.

Leosmar Antônio e Simone Elot Amado são da etnia terena e estão entre as 167 pessoas treinadas pelo IBGE para trabalhar como recenseadoras em Dourados. Eles vão coletar dados na reserva que tem uma das maiores populações indígenas do país. São cerca de 13 mil índios, segundo a Funai.

"Mostrar para a sociedade o panorama atual, uma condição da situação pela qual está passando a população indígena", disse Leosmar Antônio.

Na hora da abordagem os recenseadores da reserva serão acompanhados pela Funai. O questionário que os indígenas vão responder tem perguntas diferenciadas, como a língua e a etnia. "A gente já conhece a realidade, como eles vivem dentro da aldeia. Vai ser fácil de a gente estar comunicando com eles e fazendo as perguntas de acordo com o que eles entenderem. A gente vai saber lidar com essa situação", disse Simone.

Os recenseadores aprenderam a trabalhar com computador de mão que vai armazenar as informações e também a fazer a abordagem na hora da entrevista. "Eles têm conteúdos específicos que o IBGE trabalha. O que a gente faz no dia a dia é um pouco diferente para o IBGE. Mas a gente tem trabalhado muito a questão da abordagem. Nós temos que mostrar para as pessoas que estamos ali para trabalhar, que nós não vamos oferecer nenhum perigo para elas e que todas as informações que coletarmos serão sigilosas. Elas ficarão dentro dos bancos de dados do IBGE só para gerar estatísticas. Nós não vamos ter uma identificação nem ser distribuídas para outros órgãos", avisou Fernando Gallina, coordenador do IBGE.

Vídeo:http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1312475-7823-INDOGE…

http://globoruraltv.globo.com/GRural/0,27062,LTO0-4370-341864,00.html

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