VOLTAR

Ceará vai diplomar 144 professores indígenas

Radiobrás-Brasília-DF
09 de Ago de 2005

Depois de cinco anos de formação de dois grandes grupos de professores indígenas no Ceará, 144 serão diplomados nesta quarta-feira (10), na Secretaria Estadual de Educação, em Fortaleza (CE). A cerimônia contará com a presença do coordenador-geral de Educação Escolar Indígena do MEC, Kleber Gesteira.

A Secad - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC e o FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação apoiaram técnica e financeiramente a realização do curso. Além da assessoria político-pedagógica, foram destinados recursos para parte das despesas com translado, alimentação, alojamento e remuneração de docentes, e de várias etapas de ensino ao longo do processo.

O Ceará tem mais de 5 mil estudantes indígenas em 50 escolas. Para atender essa demanda, que cresce mais de 5% ao ano, a formação de professores é fundamental. Os profissionais precisam ser indígenas, pois a prioridade do projeto educacional do MEC é o respeito à diversidade e às individualidades. Por isso, é preferível que os alunos tenham aula com educadores que conheçam sua história, seus costumes e falem sua língua. O mesmo princípio vale para o material didático.

Até o final da década de 1990, o Ceará não contava com professores indígenas formados em magistério específico. Além da formação de professores, o Ministério da Educação apoiou a construção de mais quatro escolas indígenas no Ceará, nos municípios de Caucaia, Poranga, Tremembé e Aratuba. Neste último, a escola está em fase de conclusão e as demais estão prontas e aguardam a inauguração.

Outro evento relacionado à educação escolar indígena desta semana é a reunião de avaliação e planejamento dos coordenadores indígenas e não-indígenas do Protocolo de Cooperação Guarani. Será realizada até esta quarta-feira (10), no Conselho Nacional de Educação, em Brasília. O objetivo da reunião é avaliar o desenvolvimento das ações em 2004 e 2005 e elaborar um plano de trabalho para os próximos 17 meses.

O MEC construiu o protocolo com o objetivo de articular as ações das secretarias estaduais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, (com participação da Funai) e garantir a formação de professores indígenas Guarani para trabalhar nas aldeias que se distribuem por todo o litoral dos seis estados.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.