A Crítica (AM) - http://acritica.uol.com.br
Autor: Jonas Santos
20 de Mai de 2011
As Casais de Parintins, Nhamundá e Maués, no baixo Amazonas, passam também por problemas em suas instalações físicas
A falta de refeição nas Casas de Saúde Indígenas dos municípios de Maués, Nhamundá e Parintins, no interior do Amazonas, levou a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) a providenciar, às pressas, alimentos para serem destinados aos pacientes e acompanhantes.
As Casais são os locais onde os indígenas doentes vindos das aldeias ficam alojados enquanto aguardam o tratamento de saúde.
A constatação de que estava tendo falta de comida foi confirmada nesta semana, em visita do assessor especial da Sesai, Valdenir França, que é lotado em Brasília.
Valdenir está na região do baixo rio Amazonas, onde a gestão da saúde indígena tem como sede o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) no Distrito de Parintins.
O Dsei/Parintins responde pelos pólos bases de saúde também nos municípios vizinhos de Nhamundá e Maués.
Em visita na Casai de Nhamundá, França também constatou que o prédio não tem condições de funcionamento devido à precariedade da estrutura física.
A mesma situação se encontra a Casai de Maués.
O assessor especial informou que após detectar o problema da falta de comida providenciou a compra de alimentos para as Casais, que passarão agora a ter seis refeições diárias, para os doentes.
Abandonado
Valdenir disse que não há intervenção da Sesai no Distrito Sanitário Indígena (Dsei), de Parintins, apesar da renuncia coletiva dos servidores que tinham funções de chefia na unidade e do próprio coordenador do Dsei Salomão Marialva.
"A nossa presença aqui é resultante da paralisação das atividades do distrito. Estamos tentando organizar a situação e apurando o que aconteceu. Isso aqui ficou abandonado. E os índios reivindicam com razão", afirmou França.
Esse procedimento acontecerá após o encerramento da auditagem no Dsei de Manaus.
Substituto
Em reunião realizada nesta quinta-feira (19) entre os técnicos da Sesai de Brasília, o Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Fundação Nacional do Índio (Funai) e organizações indígenas apontou-se o nome do servidor Moisés Mello como coordenador eventual.
"Ele ficará respondendo interinamente até que as lideranças indígenas apontem um nome para assumir em definitivo. Esta reunião será realizada na semana que vem", afirmou Nilton Macaxi, presidente do Condisi. As lideranças pretendem indicar o nome de um indígena para o cargo de coordenador titular.
Makaxi disse ainda que foi pactuado um acordo com a Prefeitura de Nhamundá para a cessão de um prédio onde funcionará as novas instalações da Casai.
A vacinação dos indígenas, que já vem ocorrendo em outras comunidades do Estado do Amazonas, começará apenas na próxima semana, quando a Casai receberá novas embarcações para a logística do trabalho.
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