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Carreta com carros do Ibama é incendiada no PA

O Globo, País, p. 7
08 de Jul de 2017

Carreta com carros do Ibama é incendiada no PA

RIO - Uma carreta cegonha que levava caminhonetes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi incendiada, na madrugada desta sexta-feira, em Altamira, no Pará, por um grupo de criminosos. A informação é do próprio Instituto.
Equipes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas para apurar os responsáveis pelo incêndio e reforçar a segurança na região conhecida pela ação de madereiros. O episódio ocorreu perto da Floresta Nacional do Jamanxim, onde crimes contra o meio ambiente são realizados constantemente.
O veículo estava estacionado em um posto de combustível no distrito de Cachoeira da Serra, localizado às margens da BR-163. Segundo o Ibama, além da carreta, pelo menos oito caminhonetes novas que seriam usadas pelo instituto foram destruídas pelas chamas. Não há informações sobre feridos.
O Ibama informou que as caminhonetes incendiadas seriam entregues na gerência-executiva do Ibama em Santarém (PA), para renovação da frota nas bases da BR-163.
Segundo a assessoria da Polícia Federal (PF) do Pará, uma equipe da polícia vai buscar os restos dos carros no local, e os perítos vão avaliar o material. A PF vai abrir um inquérito para investigar o caso.
Em nota, após o atentado, a presidente do Ibama, Suely Araújo, determinou o bloqueio preventivo de todas as serrarias da região de Novo Progresso, sudoeste do Pará, no sistema do Documento de Origem Florestal (DOF).
O objetivo das medidas é garantir a ordem e assegurar a atuação dos agentes de fiscalização ambiental na região. O Ibama encaminhou à PF áudios e mensagens em que criminosos incitam a destruição de veículos e helicópteros do instituto.
- Foi um atentado contra ação legítima do Estado brasileiro - disse o diretor de Proteção Ambiental do Instituto, Luciano Evaristo.

Serrarias da região são bloqueadas por prevenção
Para diretor de Proteção ambiental do Ibama, ato foi retaliação à fiscalização

Uma carreta com oito veículos do Ibama foi incendiada por criminosos às margens da BR-163, em Altamira, no Pará, região conhecida pela ação ilegal de madeireiros. Após a carreta ser incendiada, a presidente do Ibama, Suely Araújo, determinou o bloqueio preventivo de todas as serrarias da região de Novo Progresso no sistema do Documento de Origem Florestal (DOF), licença obrigatória para o controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais por meio de transporte rodoviário, aéreo, ferroviário, fluvial, marítimo ou conjugado.
A região de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, vem sendo palco de manifestações, desde o início da semana, de produtores rurais, pecuaristas e madeireiros. Os protestos são contra o veto do presidente Michel Temer a duas medidas provisórias que reduziam áreas protegidas da Floresta Nacional do Jamanxim.
Os projetos que saíram do Congresso reduziriam em mais de um terço o tamanho da reserva de 1,3 milhão de hectares. É que 37% do que hoje são floresta nacional seriam transformados em APA - Área de Proteção Ambiental. Nessa categoria, o nível de proteção é menor porque é permitida a ocupação de terras para atividades rurais e de mineração.
A Floresta Nacional do Jamanxim já vem sofrendo com a constante ameaça do desmatamento. Só nos últimos dois anos perdeu 16 mil hectares de mata.
MADEIRA ROUBADA
O Ibama informou que as caminhonetes incendiadas seriam entregues na gerência executiva do Ibama em Santarém, para renovação da frota nas bases da BR-163, rodovia que tem sido interrompida pelas manifestações.
Segundo a assessoria da Polícia Federal no Pará, uma equipe vai buscar os restos dos carros no local, e os peritos vão avaliar o material. A PF vai abrir um inquérito para investigar o caso.
O reforço da segurança por parte da PF e da Polícia Rodoviária Federal visa garantir a ordem e assegurar a atuação dos agentes de fiscalização ambiental na região. O Ibama encaminhou à PF áudios e mensagens em que criminosos incitam a destruição de veículos e helicópteros do instituto.
- É uma retaliação a ações de fiscalização. Você tem ali na área onde foram queimados os veículos uma concentração de atividade madeireira ilegal, que usa madeira roubada da terra Kaiapó. Quando eles perceberam a chegada de novas viaturas, acreditaram que sofreriam um ataque em massa do poderio repressivo do Estado, e atuaram para diminuir isso - disse o diretor de Proteção Ambiental do Instituto, Luciano Evaristo. (Com G1)

O Globo, 08/07/2017, País, p. 7

https://oglobo.globo.com/brasil/carreta-que-transportava-caminhonetes-d…

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