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Cantareira chega aos 16 por cento. Ainda e pouco

OESP, Cidades, p.C3
04 de Mar de 2004

Cantareira chega aos 16%. Ainda é pouco Para afastar risco de racionamento no sistema, só com bastante chuva até o fim do mês
MAURO MUG
Aos poucos, o nível do Sistema Cantareira continua subindo. Ontem foi registrado um aumento de 0,1% no volume de água. A capacidade de armazenamento está em 16%, número ainda considerado insuficiente. Para evitar o racionamento, o sistema precisa ter 40% de sua capacidade no fim do mês. Isso só vai ser possível com mais chuva - e com a ajuda dos paulistanos.
A elevação deve-se à chegada de resíduos de chuvas que atingiram o sul de Minas, onde se localizam as nascentes dos Rios Jaguari e Cachoeira, principais formadores do sistema. Parte do aumento pode ser atribuída à colaboração da população em economizar água, informaram técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp).
Para o nível chegar aos 40%, só se as precipitações se intensificarem.
Segundo os meteorologistas, é preciso que chova tanto quanto em março de 2002, quando a cidade teve 326,5 milímetros de chuvas.
Represas - Na segunda-feira, o juiz Wilson Zauhy Filho, da 13.ª Vara da Justiça Federal, decidirá se cassa ou não a liminar que suspendeu o desmatamento das represas Paraitinga e Biritiba, do Sistema Alto Tietê. A liminar foi concedida à ação cautelar impetrada pelo Ministério Público Federal, que exige novo relatório de impacto ambiental.
As duas represas permitiriam acrescentar mais quatro metros cúbicos de água por segundo ao abastecimento da Grande São Paulo.
A direção da Fundação Agência da Bacia do Alto Tietê espera que a liminar seja cassada. "As preocupações que motivaram o embargo estão completamente fora da escala dos problemas da região, se constituindo num preciosismo ecológico incompatível com as reais necessidades dos 17,5 milhões de pessoas que vivem na Grande São Paulo", afirmou o presidente da fundação, engenheiro Julio Cerqueira Cesar Neto.

OESP, 04/03/2004, p. C3

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