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Calor recorde entre 2009 e 2014

OESP, Vida, p. A20
10 de Ago de 2007

Calor recorde entre 2009 e 2014
Sistema britânico faz previsão climática mais precisa

AP e Reuters, Washington

O aquecimento global dará uma breve trégua de alguns poucos anos, mas metade do período entre 2009 e 2014 já será mais quente do que 1998, ano em que foram registradas as temperaturas mais altas da história. Além disso, nas próximas décadas, as variações naturais de clima exercerão um papel relevante no aquecimento, ao lado das emissões de gases do efeito estufa pela ação humana.

As conclusões foram publicadas em artigo na revista Science por uma equipe de pesquisadores coordenada por Doug Smith, do Centro Hadley da agência britânica de meteorologia. O grupo desenvolveu aperfeiçoamentos que tornam muito mais precisos os complexos modelos de computador que calculam as variações climáticas. Pela primeira vez, foram incluídos nos cálculos fenômenos naturais como o El Niño, alterações das correntes marítimas e anomalias na temperatura dos oceanos. A maioria dos modelos anteriores focalizava só o impacto de fatores como a radiação solar.

Jochem Marotzke, diretor do Instituto Max Planck de Meteorologia, em Hamburgo (Alemanha), qualificou o novo sistema, batizado Decadal Climate Prediction System (DePreSys), como "um grande salto conceitual", em comentário no site da revista Nature. "O estudo é importante não só pelas previsões de temperatura que faz", diz o pesquisador, ressaltando que ferramentas de monitoramento dos oceanos estão muito mais acessíveis. "O fundamental é que agora dispomos de um sistema convincente que combina observação climática com modelos climáticos."

FULIGEM

Em outro trabalho publicado na Science, cientistas americanos afirmam que, em meados do século 19, a fuligem começou a piorar a situação climática no Ártico. A fuligem escurece a neve, fazendo-a absorver a luz do sol, aquecer e derreter. Isso, por sua vez, eleva as temperaturas do local, expondo ao sol o solo escuro que estava coberto pela neve.

Núcleos de gelo de antes de 1850 mostram fuligem decorrente principalmente de incêndios florestais. Desde então, o acúmulo de fuligem negra na neve aumentou sete vezes, a maior parte vinda de atividades industriais.

O estudo sobre fuligem foi feito por uma equipe liderada por Joseph McConnell, do Instituto de Pesquisa do Deserto.

OESP, 10/08/2007, Vida, p. A20

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