Correio da Bahia (Salvador - BA)
28 de Set de 2000
Os indígenas Kayapó, do sul do Pará, condicionaram a libertação de 40 reféns ao envio de uma verba, pelo Governo Federal, referente a um leilão de madeiras ilegais em 1996. Essas madeiras teriam sido extraídas de suas terras.
Esses reféns são fiscais e agentes do Ibama, da Polícia Federal e da Funai que foram sequestrados pelos Kayapó, da aldeia Puicararanka ao realizarem uma operação de fiscalização, que flagrou a retirada ilegal de mogno, em território indígena.
Megaron Txucarramãe e ToKran Kayapó, funcionários da Funai, negociarão com os indígenas.
Desde 1998 à 2000 a Procuradoria Geral da República abriu 25 processos sobre extração ilegal de madeira em terras indígenas no sul do Pará. Várias madeireiras de São Félix do Xingu respondem a processos por contrabando de mogno, extraído ilegalmente de reservas indígenas, com a conivência dos índios.
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