VOLTAR

Cadeia produtiva da erva-mate quer ampliar produção em MS

Dourados Agora - http://www.douradosagora.com.br/
31 de Mar de 2010

Em busca de fortalecer e diversificar a produção estadual de erva-mate, representantes e diretores do Sindicato das Indústrias de Erva e Derivados de Mate de Mato Grosso do Sul (Sindimate/MS) apresentam projeto de ampliação da produção estadual por meio de incentivos tributários.

A proposta, entregue na última sexta-feira (26), à secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur),

Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, será encaminhada ao governador André Puccinelli.

De acordo com o presidente do Sindimate/MS, Antonio Vieira Soares, embora o Estado já tenha sido um grande produtor e exportador do produto, ultimamente produz apenas 2 mil toneladas, das 10 mil que consome por ano, o que obriga as indústrias instaladas a importar 80% da matéria-prima utilizada de Estados vizinhos, e até do Paraguai e Argentina.

"Queremos ampliar nossa produção de ervais plantados, ainda pouco significativa, para quem sabe atender nossa demanda de 8 mil toneladas ano", declarou.

Segundo Soares, enquanto a produção decaiu nos últimos anos, nos três Estados do Sul do País houve a instalação de um sólido parque industrial, de pujante produção. "Isso ocorreu graças à disponibilidade de matéria-prima, acesso a financiamentos favoráveis, mas, principalmente, a incentivos fiscais governamentais", acredita.

Desta forma, o dirigente acredita que para o setor voltar a crescer em Mato Grosso do Sul, deverá haver uma série de esforços conjuntos voltados a programas e ações de incentivo ao plantio, a começar pelo governo estadual - parceiro da produção estadual - mas também dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ministério de Desenvolvimento e Integração Nacional. Soares também lembrou que atualmente o Ministério do Meio Ambiente, por intermédio do Ibama, incluiu a erva-mate como reserva legal, o que deverá surtir efeitos positivos.

"Outro exemplo foi dado pelo governador André Pucinelli, quando criou o programa "Faixa de Fronteira", que abrange todo o Conesul, priorizando o plantio de essências florestais, especialmente a erva-mate", e acrescenta: "agora, o apoio por parte dos incentivos fiscais consolidaria nosso parque industrial", aponta.

Sensibilizada pelo pleito, a secretária da Seprotur, Tereza Cristina, prometeu levar ao governador os detalhes do projeto que busca incentivar a cadeia da Erva-Mate, fortalecer o parque industrial e a produção da matéria-prima em todo o Estado.

Ela acredita que até o final do semestre o governo deverá apresentar uma alternativa viável e equânime em prol do desenvolvimento desta cadeia. "O governador tem pautado sua gestão pelo crescimento econômico responsável e equânime, e que está sendo construído com amplo e profundo diálogo", adiantou.

Rentabilidade
Os representantes do setor revelam que a atividade proporciona geração de empregos e renda para comunidades indígenas e pequenos proprietários rurais como nenhuma outra.

Além de ser incluída recentemente no Programa mais alimentos, beneficiando assim a agricultura familiar, estima-se que em um hectare de erva-mate - onde é possível plantar 2.500 mudas - são gerados 15 postos de trabalho, e ainda, produzir até 25 mil quilos de folhas.

O presidente do Sindimate também revelou que ao preço pago pela indústria hoje, de até R$ 0,25, a rentabilidade anual pode chegar a R$ 6.250,00 por hectare - do plantio até a 1ª poda, o prazo é de até cinco anos.

"Se levarmos em conta que a produção pode ser consorciada com o gado, lavoura e outras atividades, além de contar como reserva legal e permanente, temos um ótimo rendimento, sem contar que a planta é uma árvore perene que exige poucos cuidados ao longo de sua existência, que pode ser de até 50 anos", conclui.

http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=278545

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.