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Autor: Jacqueline Lopes
19 de Out de 2009
Na tentativa de unirem forças para pressionar o TRF 3ª Região (Tribunal Regional Federal) sobre o impasse fundiário que envolve 14 propriedades rurais (17.200 hectares) em Sidrolândia, cidade a 60 quilômetros da Capital, índios da etnia terena deixam as aldeias no município e seguem para Campo Grande, onde às 14 horas vão reunir-se com ruralistas na Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul).
São ao menos 65 indígenas liderados por cinco caciques que deverão sentar-se frente à frente com o presidente da Famasul, Ademar da Silva Júnior e membros da federação.
Desde sábado 350 guerreiros indígenas ocupam a Fazenda 3R, de Renato Bacha, que teria conversado com os índios e demonstrado o interesse de pressionar a Famasul, e também a Funai (Fundação Nacional do Índio) para que busquem providências na aceleração do processo no TRF 3ª.
O cacique Antônio Aparecido, da aldeia Córrego do Meio, junto com o outro líder, Giovane Justino Marcos, disseram ao Midiamax, durante a reunião com os caciques, na Funai, na Capital, que o acordo com Renato Bacha foi pacífico e inclusive, mostrou um termo de compromisso com as assinaturas dos envolvidos em buscar uma solução.
Porém, o administrador da Funai, João da Silva, disse que foi pego de surpresa com a notícia e que deveria continuar a reunião para decidir se irá ou não até a Famasul, no Bairro Cachoeirinha, região do shopping Campo Grande.
"O processo está encravado no TRF3 e todos nós queremos o julgamento do processo independente de quem ganhar ou quem perder. Sabemos que haverá uma ordem de reintegração de posse da 3R. Agora, vamos ir à Famasul porque todos estamos insatisfeitos com a demora. E claro que quem perder no TRF3, vai entrar com recurso", disse Aparecido.
O presidente da Famasul informou que ainda não sabe os pontos os quais Renato Bacha e os índios querem discutir com a Federação. "Mas, se a comissão vier aqui, vamos recebê-la", adiantou.
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