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Cacique diz que ato não representa comunidade de tribos indígenas

Funai
Autor: Thatiza Curuci
19 de Jun de 2007

Inconformado com as declarações feitas na semana passada pelo presidente do Núcleo de Tradições Indígenas de Araribá - em Avaí -, José Carlos Gabriel, o cacique Darã, vice-presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Santa Catarina, procurou o Jornal da Cidade.

Gabriel havia dito que as lideranças das aldeias de Avaí (39 quilômetros de Bauru) e outras regiões reguladas pela sede
administrativa da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Bauru ocuparam a regional em busca de respostas para supostas irregularidades administrativas. Ele argumentou que as 30 lideranças representando 36 aldeias dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro estavam pedindo a exoneração do atual adminstrador Newton Machado Bueno.

Darã nega o fato. Ele diz que nem metade dos integrantes de aldeias que participaram do ato é cacique ou líder. "São índios de aldeias, mas não representam os caciques. Só eles têm o poder de decidir quem deve administrar a entidade", afirma. Atualmente, são cerca de 36 caciques.

Darã diz que Bueno tem feito um "bom trabalho" e que as acusações contra ele são infundadas. Os manisfestantes haviam dito que o dinheiro público destinado à Funai é mal gerido e que há descaso quanto às políticas públicas para as aldeias.

O cacique diz que não é verdade o que disseram as lideranças índigenas presentes na sede do órgão, na última sexta-feira, de que o nome de José Carlos Gabriel é apontado como novo administrador da regional e que este é uma escolha unânime das 36 aldeias. "Fiquei sabendo sobre o ato por telefone. Falei com 27 caciques e eles não
estavam sabendo o que estava acontecendo. Como pode-se dizer que as lideranças estavam lá?", pergunta.

Os índios entregaram um manifesto ao Ministério Público, em Bauru, no dia 15. Eles realizaram um ato na frente da Funai nos dias 14 e 15 deste mês.

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