OESP, Internacional, p. A13
24 de Jan de 2007
Bush quer baixar consumo de gasolina
Presidente pede ao Congresso mais poderes para adotar medidas que permitam uma redução de 20% em 10 anos
0 presidente dos EUA, George W. Bush, pediu ontem à noite ao Congresso em Washington (madrugada de hoje em Brasília) poderes para adotar medidas que permitam baixar o consumo de gasolina no pais em 20% nos próximos dez anos, a fim de reduzir a dependência do petróleo e a emissão de gás carbônico. "É de nosso interesse vital diversificar as fontes de energia dos EUA", ressaltou Bush no Congresso - agora controlado pela oposição democrata -, em seu discurso anual sobre o Estado da União.
Pela proposta, o consumo de gasolina seria reduzido graças à expansão do uso de etanol e ao esperado desenvolvimento de motores mais econômicos pela indústria automobilística. Bush pediu poderes para mudar normas sobre veículos e combustíveis, mas rejeitou uma idéia democrata de exigir da indústria uma redução específica no nível de consumo dos automóveis. 0 presidente propôs também a duplicação das reservas estratégicas de petróleo (hoje de 727 milhões de barris) em 20 anos. No discurso do ano passado, Bush declarou que os EUA eram "viciados em petróleo".
Com a popularidade nos níveis mais baixos por causa da guerra no Iraque - sua aprovação caiu para 28%, segundo a última pesquisa do jornal The New York Times (veja quadro) -,Bush defendeu, diante de um cético Congresso, sua decisão de enviar mais 21.500 soldados ao Iraque, ampliando o total no país para cerca de 160 mil.
"Nosso país está seguindo uma nova estratégia no Iraque, e peço a vocês que dêem uma chance de que funcione% afirmou, garantindo que o reforço de tropas dá aos EUA a melhor possibilidade de sucesso no Iraque. "Muitos aqui sabem que a América não pode fracassar no Iraque, porque as conseqüências de um fracasso seriam graves e de longo alcance% assinalou. "Nada é mais importante neste momento da nossa história do que ter êxito no Oriente Médio." Bush propôs também ampliar o efetivo geral do Exército e dos Fuzileiros Navais (marines) em 92 mil soldados nos próximos cinco anos. Com isso, o número total de soldados americanos se aproximaria dos 550 mil.
Na metade do discurso dedicada a questões externas, Bush também fez um apelo por democracia em Cuba e outros países. "Vamos continuar nos pronunciando pela causa da liberdade em lugares como Cuba, BieloRússia e Birmânia (atual Mianmá) "
No campo interno, o presidente prometeu zerar o déficit em cinco anos e reiterou a necessidade de uma reforma migratória integral, que reforce as fronteiras dos EUA. A reforma já proposta por Bush - que encontrou forte resistência no Congresso - previa a instauração de um programa de vistos temporários de trabalho para imigrantes. Os empregos oferecidos a estrangeiros seriam limitados aos que os americanos não aceitassem. Os imigrantes que não retornassem a seus países depois do fim do período legal perderiam o direito de pedir residência permanente nos EUA. AP, AFP e REUTERS
OESP, 24/01/2007, Internacional, p. A13
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