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Brasileiro preside comite mundial do setor

GM, Relatorio Gazeta Mercantil, p.1
27 de Mai de 2004

Brasileiro preside comitê mundial do setor

O presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) e vice-presidente do conselho administrativo da Suzano Holding, Boris Tabacof, assumiu no dia 18 de abril, na Austrália, a presidência do Advisory Committee on Paper and Wood Products, comitê de aconselhamento ligado ao departamento de florestas da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Por dois anos, desde 2002, Tabacof foi o vice-presidente do comitê que, explica o executivo, discute os problemas mundiais da área e propõe soluções a serem implementadas pelo departamento de florestas. Entre as prioridades da pauta de Tabacof estão o corte ilegal de florestas, o papel da indústria florestal no alívio da pobreza, e as certificações internacionais. "Queremos que os certificados de entidades de vários países sejam aceitos internacionalmente", diz Tabacof. Questões como o seqüestro de carbono por florestas plantadas também farão parte das discussões.
O executivo também acredita que o Brasil pode compartilhar o conhecimento que detém sobre plantio de florestas com os países que hoje têm dificuldade em obter madeira. O Brasil, afirma Tabacof, se destaca mundialmente no emprego dessa técnica.
São hoje 1,5 milhão de hectares de florestas plantas no País. Em 1970 eram 130 mil hectares. As florestas brasileiras são a base competitiva da indústria de papel e celulose, diz Tabacof. Em outros mercados, com fortes concorrentes nesse setor - como os Estados Unidos e o Canadá -, a indústria não tem esse custo, utilizando florestas naturais, explorando reservas federais mediante acordos com os governos. Em outros países, como o Uruguai, existem incentivos ao plantio. O Brasil é também um dos poucos países que tributam a operação, afirma Tabacof.
Entretanto, os fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, as vantagens climáticas e a modernidade das fábricas brasileiras tornam o País competitivo no mercado internacional, diz ele
O desafio agora, na avaliação do executivo, é conseguir financiamento de longo prazo, compatível com a atividade, que permita à indústria aumentar os investimentos na produção. Além disso, defende Tabacof, é preciso rever e a consolidar as diversas determinações legais que regem o plantio de florestas, principalmente no âmbito do Ibama.
Ao mesmo tempo em que a indústria nacional avança, a estratégica inserção política do Brasil no cenário internacional fortalece a defesa contra a imposição de barreiras (boa parte não tarifárias), que visam limitar a participação externa.

GM, 27/05/2004, Relatório Gazeta Mercantil, p. 1

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