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Brasil prende mais cinco peruanos em um ano de combate ao tráfico de madeira

Ibama
Autor: Rubens Amador
04 de Ago de 2005

Uma nova operação do Ibama/AC, de 30/jul a 02/ago, apreendeu 150 m3 de madeira extraída ilegalmente do Parna da Serra do Divisor, no lado brasileiro, por madeireiras do Peru. Cinco peruanos que contrabandeavam mogno e cedro para seu país foram presos em flagrante. O mogno e o cedro levados do Brasil são transportados pelo Pacífico para serem vendidos a preço de ouro nos mercados europeus, americano e asiático.
Desde que deu início às operações naquela região de fronteira, em julho de 2004, o Ibama aprendeu 6 mil m3 de madeira ou R$ 20 milhões. O diretor de Proteção Ambiental, Flávio Montiel, acredita que a madeira apreendida corresponde a 20% do que foi extraído de solo brasileiro para remessa ao Peru. Logo, as perdas podem ter chegado, no último ano, a R$ 100 milhões.
De julho de 2004 até o momento, o Ibama realizou 15 operações de campo e mais oito operações de monitoramento aéreo na fronteira. No total, a PF prendeu 60 peruanos, 40 nos últimos doze meses. A maioria retirava madeira na terra indígena dos Ashaninkas, no Acre. Instaurado o processo contra eles no Brasil, eles serão expulsos do País.
As operações começaram em meados de 2003, com monitoramento aéreo na fronteira. No primeiro semestre de 2004, o Ibama começou o trabalho de reconhecimento do problema e planejamento de ações para enfrentá-lo. Em julho de 2004 começaram as operações de campo propriamente ditas.
Conivência - Para Montiel, o desmatamento conta com a conivência de grandes empresas peruanas concessionárias de direitos sobre e terra da fronteira com o Brasil. "Os madeireiros são trabalhadores avulsos, contratados por um laranja nomeado pela concessionária", explica Montiel. Enquanto no lado peruano a terra de fronteira é explorada por particulares, em regime de concessão, no Brasil 90% da fronteira é composta por áreas de proteção públicas.
(Rubens Amador- Ibama)

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